Ibovespa fecha em queda com BTG entre pressões; WEG sobe

Publicado 16.10.2025, 17:04
Atualizado 16.10.2025, 17:35
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com um declínio discreto nesta quinta-feira, com BTG Pactual, Vale e Petrobras entre as maiores pressões negativas, enquanto WEG foi um dos contrapesos após comprar o controle de empresa de recarga de carros elétricos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,28%, a 142.200,02 pontos, após marcar 141.445,76 na mínima e 143.190,59 na máxima. O volume financeiro somou R$20,9 bilhões em pregão na véspera de vencimento de opções sobre ações na B3.

A bolsa paulista manteve nesta sessão a dinâmica de correção que tem marcado outubro, após o Ibovespa acumular até o final de setembro uma valorização de cerca de 22% em 2025. Em outubro, o índice contabiliza uma perda de 2,76%.

De acordo com o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, há também uma percepção de piora do cenário fiscal e preocupações com políticas populistas no Brasil, que têm corroborado o ajuste, diante da ausência de novos catalisadores para as ações brasileiras.

Em paralelo, acrescentou, no exterior, as relações comerciais entre Estados Unidos e China voltaram a trazer apreensão, com nova troca de ameaças, enquanto o "shutdown" norte-americano tem dificultado a análise sobre aquela economia, uma vez que vários dados estão com divulgação suspensa.

Nesta quinta-feira, Wall Street abriu com viés positivo, embalado pela temporada de balanços, mas o sinal virou em meio a preocupações com sinais de fraquezas de bancos regionais. O S&P 500 encerrou o dia com queda de 0,63%, o que corroborou o fechamento negativo na bolsa paulista.

 

DESTAQUES

- VALE ON caiu 0,92%, acompanhando o sinal dos futuros do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON capitaneou as perdas, com queda de 2,58%. Números do Aço Brasil mostraram queda de 3,2% na produção bruta de aço em setembro sobre o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas caíram 0,6% na mesma comparação.

- PETROBRAS PN recuou 1,01% e PETROBRAS ON cedeu 0,79%, em meio à piora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent fechou em baixa de 1,37%, a US$61,06.

- BTG PACTUAL UNIT perdeu 3,5%, em pregão misto para os bancos do Ibovespa. ITAÚ UNIBANCO PN seguiu o tom negativo, com queda de 0,24%, mas BRADESCO PN fechou em alta de 1,15%, SANTANDER BRASIL UNIT subiu 0,29% e BANCO DO BRASIL ON avançou 0,25%.

- WEG ON valorizou-se 2,7%, ampliando a recuperação em outubro, tendo no radar também a aquisição de aproximadamente 54% do capital social da Tupinambá Energia, conhecida como Tupi Mob, por R$38 milhões. Fundada em 2019, em São Paulo, a Tupi Mob é proprietária do aplicativo Tupi, que conecta usuários de veículos elétricos a redes de recarga.

- MAGAZINE LUIZA ON perdeu 7,97%, após duas sessões de trégua em meio à forte correção iniciada no penúltimo pregão de setembro. Do último dia 29 até 13 de outubro, os papéis acumularam um declínio de 23,15%. Em setembro, mesmo com as fortes perdas no final do mês, as ações ainda somaram uma valorização de 17,22%, após um ganho de 16,01% em agosto.

- BRASKEM PNA caiu 6,67%, também voltando ao vermelho após três pregões de recuperação, quando acumulou um ganho de 7,66%, depois de ter registrado no último dia 10 uma mínima intradia desde maio de 2010. Investidores seguem preocupados com a estrutura de capital da petroquímica.

- GRUPO MULTI ON, que não faz parte do Ibovespa, recuou 9% após decisão desfavorável à companhia em julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) sobre três processos administrativos fiscais, que envolvem contingências da ordem de R$1,1 bilhão.

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