Por Barani Krishnan
Investing.com - O impressionante rali de três dias do ouro foi quebrado na quinta-feira (22) com o dólar se recuperando de sua baixa de sete semanas e as negociações continuando a se arrastar entre a Casa Branca e legisladores democratas rivais para um plano de alívio financeiro da Covid-19 antes das eleições nos EUA.
O ouro para entrega em dezembro fechou em US$ 1.904,60, uma queda de US$ 24,90, ou 1,3%. O ativo havia ganhado 1,3% nas três sessões anteriores na esperança de que um novo plano de estímulo antes da eleição presidencial de 3 de novembro aumentasse a demanda de porto seguro para o metal amarelo. O ouro atua como proteção contra a inflação e normalmente sobe no caso de déficit fiscal ou expansão monetária.
O ouro à vista, que reflete as negociações em tempo real no metal precioso, caía US$ 20,10, ou 1%, para US$ 1.904,49 às 3h53 (horário de Brasília).
O Índice Dólar, que compara a divisa às seis principais moedas, subia 0,4%, para 92,97, depois de atingir a maior baixa em sete semanas, de 92,46, na quarta-feira. O ouro normalmente se move na direção oposta ao dólar, e subiu fortemente no início desta semana, com a queda da moeda.
As esperanças por um acordo de estímulo diminuíram na quinta-feira, quando os negociadores disseram que ainda havia distância entre a Casa Branca e o Congresso, liderado pelos democratas, em relação a um acordo, embora as negociações continuassem.
O Congresso aprovou um estímulo do Coronavirus Aid, Relief and Economic Security (CARES) em março, destinando cerca de US$ 3 trilhões a cheques de pagamento para trabalhadores, empréstimos e subsídios para empresas e outras ajudas pessoais para cidadãos e residentes qualificados.
Os democratas estão em um impasse desde então com o partido Republicano do presidente Donald Trump sobre um pacote sucessivo para o CARES. A disputa tem sido basicamente sobre o tamanho da próxima ajuda, já que milhares de americanos, principalmente no setor de companhias aéreas, correr o risco de perder seus empregos.
Mas, mesmo antes de quinta-feira, poucos esperavam que um acordo fosse fechado sobre o plano de ajuda antes da eleição, em que Trump enfrenta o democrata Joe Biden. Um acordo preliminar sobre o estímulo poderia ter sido um ponto positivo para a campanha para Trump, que está atrás de Biden na maioria das pesquisas.