Por Barani Krishnan
Investing.com - Os preços do petróleo alcançaram uma segunda semana de ganhos graças às estimativas da Administração de Informação de Energia dos EUA de extrações inesperadamente fortes de petróleo no país, apesar da Agência Internacional de Energia prever uma perspectiva global mais fraca para os combustíveis em meio ao surto de Covid-19.
E enquanto uma nova onda da pandemia em todo o mundo gera preocupação suficiente sobre a demanda imediata por energia, os otimistas do petróleo podem esperar mais suporte de preço de outro velho amigo na próxima semana: a Opep+.
Um painel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, dirigida pelos sauditas e assistida pela Rússia, se reunirá na quarta-feira para revisar o mercado em meio aos esforços para reduzir cerca de dois milhões de barris dos cortes de produção de cerca de 9,6 milhões de barris por dia acordados em maio.
“A Opep+ tentará permanecer ágil até que tenha uma ideia melhor da recuperação da demanda global de petróleo bruto”, disse Ed Moya, analista da OANDA de Nova York.
Às 17h39 (horário de Brasília), o West Texas Intermediate, a referência para futuros de petróleo dos EUA negociada em Nova York, caía 0,5 centavo de dólar, ou 0,1%, a US$ 42,19 por barril.
Na semana, o WTI subiu 72 centavos, ou 1,7%, somando-se aos 2,4% da semana anterior.
O Brent, o termômetro dos preços globais do petróleo negociado em Londres, também caía 0,5 centavo, ou 0,1%, a US$ 44,91.
Em uma base semanal, o Brent ganhou 46 centavos, ou 1%.
A Administração de Informação de Energia informou em seu conjunto de dados semanais na quarta-feira que os estoques de petróleo dos EUA caíram em 4,5 milhões de barris na semana encerrada em 7 de agosto, contra as expectativas do mercado de uma queda de 2,9 milhões. Apesar de uma nova onda do vírus da Covid-19 ter afetado o desempenho dos negócios na maioria dos estados dos EUA desde julho, a agência estimou uma extração de petróleo bruto descomunal nas últimas três semanas, da ordem de 22 milhões de barris, o que gerou ceticismo em alguns investidores.
A Agência Internacional de Energia, por sua vez, prevê uma queda na demanda mundial de 8,1 milhões de barris por dia de petróleo em 2020 - apesar da situação global do coronavírus ser muito menos pior do que nos Estados Unidos.