Investing.com - O petróleo fechou com ganhos nesta sexta-feira mesmo após a reunião da Opep ter sido encerrada sem que os países chegassem a um acordo sobre alteração no acordo de corte de produção.
Em Nova York, o petróleo para entrega em novembro subiu US$ 0,11, para fechar a US$ 50,66 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou US$ 0,27, e encerrou a sessão a US$ 56,70 o barril.
Como antecipado pelo mercado, os membros da Opep e grandes exportadores não chegaram a um acordo sobre uma possível extensão do acordo de corte de 1,8 milhão de barris/dia na oferta de petróleo global, após reunião em Viena, na Áustria. O pacto segue em vigor até março de 2018.
O ministro de energia da Rússia, Alexander Novak, disse que uma decisão sobre renovação do acordo não ocorrerá antes de janeiro, para que seja dado tempo de avaliar melhor o mercado.
“Acredito que janeiro seja o mais cedo que nós possamos realmente com credibilidade falar sobre a situação do mercado”, disse.
Outros ministros que também participaram da reunião sugeriram que uma renovação poderá ocorrer até o final deste ano.
O acordo fechado entre a Opep e grandes exportadores em novembro de 2016 para cortar a oferta em 1,8 milhão de barris/dia teve sua efetividade questionada após o aumento de produção dos EUA, assim como da Nigéria e Líbia, que integram o cartel, mas foram isentas do pacto.
Os investidores também passaram a ficar mais pessimistas com os sinais de que a Opep não consegue forçar seus membros a cumprirem o acordo.
Na semana passada, contudo, relatórios da Opep e da Agência Internacional de Energia deram um sinal positivo para a commodity ao mostrar a queda na produção da organização em agosto e um aumento da demanda prevista em 2017.
As notícias positivas empurraram os preços para patamares recordes desde maio.