Por Geoffrey Smith
Investing.com - Os preços do petróleo caíam no início do pregão de Nova York na segunda-feira (20), em um padrão de espera antes do que promete ser uma semana crucial para as perspectivas da demanda de combustível nos EUA.
Às 12h09 (horário de Brasília), o indicador de referência dos petróleo dos EUA caía 0,1%, para US$ 40,70 por barril, enquanto o seu parceiro internacional Brent caía 0,2%, para US$ 43,05.
Ambas as misturas permanecem sob pressão em meio a sinais de que a recuperação da economia mundial está sendo repetidamente interrompida por surtos locais do coronavírus, sem mencionar a disseminação mais generalizada da Covid-19 nos EUA. Os futuros da gasolina RBOB, enquanto isso, também caíam, 0,2%, para US$ 1,2216 por galão.
O prefeito de Los Angeles ameaçou no fim de semana que a segunda maior cidade dos EUA está "à beira" de novas medidas de distanciamento social que prejudicariam bastante a demanda dos EUA se promulgadas. No lado positivo, a cidade de Nova York progrediu para a quarta etapa de reabertura na segunda-feira, enquanto a Organização Mundial da Saúde disse que o surto no Brasil - o segundo pior do mundo depois dos EUA - atingiu o platô e não é mais exponencial.
As negociações da manhã nos EUA foram dominadas por notícias corporativas, com a Chevron comprando a Noble Energy por pouco menos de US$ 5 bilhões, mais outros US$ 8 bilhões em dívidas, um movimento de consolidação que provavelmente será normal nos próximos meses.
A Denbury Resources, outra empresa de shale, foi forçada a negar uma declaração de que havia recebido uma oferta de compra cerca de cinco vezes acima do preço atual de mercado, em um comunicado alegando que tal oferta havia sido emitida fraudulentamente algumas horas antes.
A Denbury havia perdido um pagamento de US$ 8 milhões em seus títulos no final de junho, levantando especulações de que pode ser forçada a buscar a proteção contra falência.
A tensão no setor também foi visível no fim de semana, com a notícia de que a contagem de plataformas da Baker Hughes caiu para outra mínima de vários anos, decepcionado as esperanças de um primeiro aumento semanal desde fevereiro.
Além disso, a Bloomberg informou que as refinarias da China reduziriam as operações de refino em resposta às inundações que devastaram uma das maiores regiões produtoras de petróleo do país na semana passada. A medida sugere que a demanda final não é robusta o suficiente para justificar o pagamento de um prêmio de curto prazo pela matéria-prima para cobrir a interrupção do fornecimento.