Investing.com - Os futuros do petróleo fecharam em forte alta nesta quinta-feira, mas insuficiente para reverter a direção negativa do mês, pressionado pela queda da demanda com a interrupção de operação de diversas refinarias norte-americanas com a passagem da tempestade Harvey.
Em Nova York, o petróleo para entrega em setembro subiu US$ 1,27, para fechar a US$ 47,23 o barril, enquanto o Brent, em Londres, valorizou US$ 2,00, e encerrou a sessão a US$ 52,73 o barril.
Quase uma semana depois de a tempestade Harvey tocar o coração da indústria de petróleo do Texas, um terço da capacidade de refino dos EUA segue fora de operação, um total de 4,4 milhões de barris/dia.
A parada de diversas refinarias eleva o receio de uma falta de combustível nos EUA, o que fez com que o governo liberasse o acesso às reservas estratégicas ao liberar 500 mil barris de petróleo para uma refinaria em operação no estado vizinho da Louisiana.
Depois de uma semana com forte pressão vendedora, o petróleo encerra o mês de agosto com perdas de 6% e segue no caminho da quinta semana consecutiva de desvalorização. As vendas dos futuros não deverão ser interrompidas no curto prazo, com a expectativa de um retorno lento das refinarias.
“Os dados da EIA da próxima semana deverão mostrar um forte recuo dos estoques de combustíveis dada a paralisação das refinarias, com grande aumento no estoque de petróleo”, disse John Macaluso, analista na Thyche Capital Advisors.
Enquanto isso, os futuros de gasolina dispararam para a máxima de dois anos nesta quinta-feira com relatório de que a maior refinaria dos EUA deverá ficar fora de operação por duas semanas, aumentando o risco de uma falta de combustível.