Investing.com - Preços do petróleo estavam sob pressão nesta segunda-feira, já que representantes de nações da OPEP e nações externas à organização deram início à reunião em Abu Dhabi para discutir os níveis de conformidade em relação a seu acordo de cortes na produção.
Agentes do mercado aguardavam novos detalhes sobre como o grupo poderia aumentar a conformidade com os cortes na produção que começaram no início do ano. De acordo com cálculos recentes, a conformidade caiu para 86% em julho, o menor nível desde janeiro.
O contrato com vencimento em setembro do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$ 48,94 o barril às 09h00 (horário de Brasília), queda de US$ 0,66 ou de cerca de 1,3%.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em outubro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 0,72 e o barril era negociado a US$ 51,70.
Preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira com o auxílio de sinais de uma possível desaceleração na produção de shale oil nos EUA, mas ainda encerraram a semana com pequenas perdas em meio a renovadas preocupações com a conformidade da OPEP em relação ao acordo para limitar a produção.
A OPEP e alguns produtores externos à organização, inclusive a Rússia, concordaram desde o início do ano em reduzir 1,8 milhão de barris por dia no abastecimento até março de 2018.
Até o momento, esse acordo teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
Nesta semana, participantes do mercado estarão atentos a relatórios mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e da Agência Internacional de Energia para avaliar os níveis globais de oferta e demanda de petróleo.
Os dados fornecerão aos investidores uma melhor forma de avaliar se o reequilíbrio global está acontecendo no mercado de petróleo.
Enquanto isso, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre as reservas norte-americanas de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em setembro recuavam US$ 0,023, cerca de 1,5%, chegando a custar US$ 1,620 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em setembro perdiam US$ 0,022 e eram negociados por US$ 1,626 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em setembro subiam US$ 0,013, ou 0,5%, e eram negociados por US$ 2,787 por milhão de unidades térmicas britânicas.