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Petróleo em queda com reação de consumidores, enquanto Putin afirmar que OPEP+ aumentará produção

Publicado 21.10.2021, 15:02
© Reuters.
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Por Barani Krishnan

Investing.com - Os mercados do petróleo fecharam na sua maior perda em duas semanas nesta quinta-feira, após o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmar que o cartel da Opep+, que inclui Moscou, pode produzir mais barris do que havia anunciado.

Os preços do petróleo também caíram devido à reação de China, Índia e outros países consumidores contra os preços elevados da energia, que segundo eles podem arruinar suas economias com uma inflação galopante. 

Somando-se à pressão sobre os mercados de energia estavam as expectativas de que grande parte dos Estados Unidos terá um inverno mais quente do que a média, após o rebaixamento das condições de frio feito pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. Os preços do gás natural caíram quase 1% no dia após os níveis semanais dos estoques subirem ligeiramente acima do esperado, outra indicação do tempo mais quente e de menos uso para aquecimento neste outono no hemisfério norte.

No caso de Putin, ele surpreendeu os mercados ao anunciar que a Opep+ aumentaria a produção de petróleo "um pouco além do acordado". Isso contrasta com o que a maior parte da aliança de 23 nações produtoras de petróleo, liderada pela Arábia Saudita, vem afirmando. 

Oficialmente, na sua reunião no início de outubro, a Opep+ afirmou que não adicionaria nada além do aumento de 400.000 barris diários com os quais tinha se comprometido anteriormente, apesar de um aperto no fornecimento mundial que fez os preços dispararem para seus valores mais altos em sete anos.

"Nem todos os países são capazes de aumentar significativamente a produção de petróleo", afirmou Putin, o que implica que a Rússia poderá ser a exceção. Além dele, o Ministro do Petróleo do Iraque também disse que Bagdá tem capacidade de produzir mais.

O acordo da Opep+, em vigor desde 2015, tem funcionado em grande parte devido à cooperação entre a Rússia e a Arábia Saudita - os maiores produtores de petróleo do mundo, além dos Estados Unidos, que perderam a sua posição de número um desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020.

No entanto, o pacto Moscou-Riade não foi sem problemas. Uma discordância entre os dois sobre a produção levou a um breve colapso da agenda de trabalho da Opep+ antes da pandemia, provocando um excesso de oferta global que jogou os preços do petróleo nos EUA para o terreno negativo pela primeira vez.

No pregão de quinta-feira, o petróleo WTI , referência de preço nos EUA, fechou em queda de US$ 0,92, ou 1,1%, a US$ 82,50 por barril – sua maior queda em um dia desde 6 de outubro. O WTI alcançou a mínima de US$ 80,81 mais cedo. Na quarta-feira, ele havia atingido a máxima de US$ 84,25, assinalando um pico de sete anos.

O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, fechou com baixa de US$ 1,21, ou 1,4%, para US$ 84,61. O Brent atingiu a máxima em três anos, de US$ 86,09, na terça-feira.

Além do petróleo bruto, a queda dos mercados de carvão na Ásia também pressionou os preços em todo o cenário energético na quinta-feira.

O contrato de referência do carvão térmico para janeiro na Bolsa de Mercadorias de Zhengzhou fechou abaixo dos 1.588 iuan, em comparação à máxima recorde de terça-feira de 1.982 iuan, após a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China ter dito que "estudará medidas específicas" para reduzir os preços locais do carvão

A Índia, terceiro maior consumidor de energia do mundo depois dos Estados Unidos e da China, disse na quinta-feira que queria que os produtores de petróleo considerassem o fornecimento de petróleo bruto sob contratos de prazo mais longo a taxas fixas, para ajudar a proteger os consumidores da volatilidade dos preços. 

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