O petróleo fechou em alta de mais de 2% nesta quinta-feira, acompanhando a melhora no apetite por risco em Wall Street diante de sinais de resiliência do mercado de trabalho dos EUA e de expansão no setor industrial da China. O mercado de energia também pondera sobre a possibilidade de novos cortes produtivos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O contrato do WTI para julho fechou em alta de 2,95% (US$ 2,01) a US$ 70,10 por barri, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 2,31% (US$ 1,68), a US$ 74,28 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos mais líquidos do petróleo iniciaram o pregão em alta, impulsionados pela aprovação do teto da dívida na Câmara dos Representantes dos EUA e pela expansão do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China, segundo leitura final da S&P Global. O óleo ganhou força ao longo da manhã, acompanhando o enfraquecimento do dólar no exterior e melhora no apetite por risco, diante da resiliência do mercado de trabalho americano e expectativas por pausa no aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Além disso, analistas apontam que o investidores de energia ainda estão incertos sobre o que esperar da próxima reunião ministerial da Opep+. Quatro fontes informaram à Reuters que é pouco provável que o cartel intensifique redução na oferta, apesar da recente queda nos preços do petróleo.
Analista da Oanda, Edward Moya afirma que, se os preços continuarem sobre pressão significativa, os sauditas podem tentar convencer aliados a concordarem com algum corte modesto. "A Opep+ tem tido sucesso principalmente no controle de preços e este pode ser um momento de vida ou morte se o Brent não conseguir manter o nível de US$ 70", avalia Moya.
Na visão da Capital Economics, a demanda por petróleo nos EUA continua forte no quadro geral, o que não justificaria novos cortes produtivos pela Opep+ nesta reunião.
Nesta quinta, o Departamento de Energia dos EUA relatou que os estoques de petróleo subiram 4,489 milhões de barris na semana encerrada em 26 de maio, a 459,657 milhões de barris. Já os estoques de gasolina tiveram queda de 207 mil barris na semana, a 216,07 milhões de barris.