Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta de cerca de 4% nesta sexta-feira, 9, apoiados em um dólar enfraquecido ante rivais. Na semana, porém, marcada pela decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar a produção, a commodity acumulou leve queda.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro avançou 3,89% (US$ 3,25) na sessão, a US$ 86,79 o barril, mas teve leve queda de 0,09% na semana. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro fechou em alta de 4,14% (US$ 3,69), a US$ 92,84, na sessão e acumulou perda semanal de 0,19%.
Para o analista da Oanda Edward Moya, os preços do petróleo estão subindo devido aos riscos de oferta e à medida que se entende que o dólar atingiu o pico ante rivais, mesmo que provisoriamente. "Ultimamente, tem havido principalmente más notícias para os preços do petróleo, pois as preocupações com a demanda pioraram devido à deterioração da situação da covid-19 na China, um salto surpreendente nos estoques e nas expectativas dos líderes mundiais continuarem a esgotar as medidas de emergência para reduzir os preços da energia", diz.
Paralelamente, porém, com o risco de interrupções de ofertas de energia da Rússia para o restante da Europa, o barril do petróleo deve permanecer acima dos US$ 90 por mais alguns meses, prevê Moya.
Na avaliação do Commerzbank, o efeito positivo que a Opep+ esperava ter com o corte marginal em sua produção - comunicado no início da semana - não durou muito. "Ao contrário, os preços literalmente despencaram nos dias seguintes. Desde o pico imediatamente após a decisão de segunda-feira, os preços do petróleo caíram até 10%", diz o banco alemão, que considera que será "interessante" ver quão disposto está o cartel em "sentar e assistir os preços caírem".
Com o próximo encontro marcado para 5 de outubro, a expectativa do Commerzbank é que tanto a Opep quanto a Agência Internacional de Energia respondam reduzindo suas projeções de demanda em seus relatórios mensais, com publicação programada para semana que vem.
Também hoje, a Baker Hughes, companhia que presta serviços ao setor, informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos caiu 5 na semana, a 591.