Trump vai impor tarifa de 100% sobre a China a partir de 1º de novembro
Investing.com - O mercado de criptomoedas entrou em modo de aversão ao risco nesta sexta-feira (10), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor novas tarifas contra a China em resposta ao endurecimento das regras de exportação de terras raras por Pequim. A escalada das tensões comerciais provocou uma onda de vendas nos principais ativos digitais, ampliando a correção que já vinha se formando desde o início da manhã. Por volta das 16h50, o sentimento predominante entre os investidores era de cautela diante da possibilidade de um conflito econômico prolongado entre as duas maiores potências globais.
De acordo com dados da Binance, o Bitcoin era negociado a US$ 116.321,20, em queda de 3,45% no dia, enquanto o Ethereum recuava 7,02%, cotado a US$ 4.023,66 no mesmo horário. A BNB, terceira maior em valor de mercado entre os tokens de infraestrutura, também operava no vermelho, aos US$ 1.223,12, com baixa mais limitada de 1,54%. O movimento ocorreu em meio a fortes liquidações no mercado futuro, com centenas de milhões de dólares em posições alavancadas sendo estopadas ao longo do dia.
O gatilho para a correção veio da retórica agressiva de Trump, que acusou a China de tentar monopolizar a cadeia global de minerais estratégicos e prometeu retaliar com “tarifas massivas”. A medida elevou a percepção de risco não apenas nas criptomoedas, mas também nas bolsas globais, que recuaram em bloco -- Nasdaq e S&P 500 operavam em queda superior a 2%. A possibilidade de um choque prolongado na cadeia de suprimentos reacendeu temores de desaceleração econômica, reduzindo o apetite por ativos de maior volatilidade.
Diante desse cenário, investidores adotaram uma postura defensiva, priorizando redução de exposição e preservação de capital. Analistas relatam queda no volume de compras e aumento das ordens de proteção, enquanto o Bitcoin volta a testar regiões de suporte psicológico. Embora parte do mercado enxergue a correção como oportunidade de rebalanceamento, por ora prevalece o sentimento de cautela — especialmente entre os traders alavancados, após o acúmulo de liquidações em série nas últimas horas.
Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, ainda mantém o otimismo. “O Bitcoin iniciou a semana com uma breve disparada rumo a uma nova máxima histórica, impulsionado pela pressão sobre o dólar, pelo reposicionamento equilibrado no mercado cripto e pelos enormes fluxos de entrada nos ETFs de Bitcoin à vista dos EUA - que já somam US$ 4,7 bilhões apenas este mês", explicou. "Enquanto isso, o ecossistema Ethereum também mostra sinais de fortalecimento: tanto a liquidez on-chain quanto os volumes negociados em DEX continuam em expansão. O valor total bloqueado (TVL) atingiu novos recordes neste mês, indicando que o capital segue circulando ativamente entre pelos mercados”.
"Observa-se uma correção técnica típica após o Bitcoin ter marcado um novo topo histórico, com a queda diária grande e o aumento da volatilidade para 27,7% indicando ajuste de posições mais do que perda estrutural de confiança. O volume expressivo de mais de US$ 80 bilhões em 24 horas revela forte movimentação institucional, mas o RSI em 60 ainda mostra que não entramos em zona de sobrevenda — ou seja, há cautela, mas não pânico. Apesar do recuo, o ativo segue distante do suporte de 52 semanas, o que sugere que o movimento atual é mais uma realização natural do que uma reversão de tendência. No curto prazo, o cenário continua volátil e propício para operações táticas, mas exige disciplina para não confundir correção saudável com fragilidade real", analisou o WarrenAI.
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