O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira, 21, após o estímulo expansionista da China anunciado no domingo se mostrar insuficiente para apaziguar os temores de desaceleração da demanda da maior importadora de commodities do mundo, na visão de analistas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em baixa de 0,66% (US$ 0,54), a US$ 80,12 o barril. O petróleo Brent para o mesmo vencimento, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,40% (US$ 0,34), a US$ 84,46 o barril.
O petróleo chegou a operar em alta no início do pregão, na esteira da decisão de política monetária do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) de cortar a taxa de juros de referência (LPR, na sigla em inglês) de 1 ano e manter a de 5 anos. No entanto, o fôlego não durou e a cotação entrou em território negativo ao longo do dia.
A Capital Economics foi uma das casas de análise que considerou que a abordagem tem efeito "limitado" no quadro atual. "Os preços do petróleo tentaram subir pelo terceiro dia consecutivo, inicialmente ajudados pelo tom mais positivo dos mercados de ações na sessão da manhã, no entanto, a falta de impulso fez com que os preços recuassem de suas máximas do dia."
A CMC Markets lembrou que a perspectiva desaceleração da China colaborou para a retração nos preços da commodity da semana passada, compensando as expectativas de um mercado mais apertado".
O analista da Oanda Edward Moya destacou que os riscos para a demanda do petróleo continuam crescendo, "especialmente depois que a China desapontou com o relaxamento de ontem".
Moya disse ainda que uma valorização do dólar ante moedas rivais também prejudicou a commodity. No entanto, ele acredita que o aperto entre oferta e demanda deverá apoiar a cotação do óleo.
"O maior risco para os traders de energia é se virmos um grande fortalecimento do dólar após o simpósio de Jackson Hole", falou Moya, citando o evento realizado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americamo) de Kansas City e que contará com discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell, na próxima sexta-feira, 25.
Aqui, na América do Sul, o Equador votou para interromper definitivamente a exploração petroleira no campo ITT, no Parque Nacional do Yasuní, localizado na Amazônica local.