O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira, 20, em meio à reação dos mercados à manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos em um desfecho que confirmou as expectativas dos analistas. A commodity foi pressionada por dados mistos de estoques norte-americanos da commodity bruta e derivados, após os contratos do WTI e Brent terem renovado na terça-feira as máximas intradiárias desde novembro de 2023.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em queda de 1,76% (US$ 1,46), a US$ 81,27 o barril, enquanto o Brent para maio recuou 1,63% (US$ 1,43), a US$ 85,95 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manteve a taxa dos Fed Funds em 5,25% a 5,50% ao ano, em comunicado divulgado no período da tarde desta quarta-feira. A decisão unânime ficou em linha com as expectativas do mercado financeiro.
Os negócios com o petróleo fecharam em meio à entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, que desencadeava desvalorização do dólar.
Na véspera, os petróleos WTI e Brent renovaram o maior nível desde novembro de 2023 nas máximas intraday, a US$ 83,12 e US$ 87,70, respectivamente.
Os números de estoques de petróleo dos EUA injetaram volatilidade nos preços do ativo mais cedo. Os estoques americanos de petróleo recuaram 1,952 milhão de barris, na semana encerrada no dia 15, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).
Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam baixa menor, de 1,2 milhão de barris. Os estoques de gasolina caíram mais que o previsto, mas os de destilados subiram inesperadamente.