Investing.com – O petróleo iniciou a sessão desta segunda-feira, 18, em queda, diante de riscos para o transporte no Mar Vermelho, mas logo reverteu as perdas e operava em alta às 10h49 de Brasília, com o barril de Brent subindo 2,43%, a US$ 78,40.
Mesmo assim, o Goldman Sachs revisou sua projeção para o preço do Brent em 2024, reduzindo a faixa de US$ 70-90 para US$ 72-85 por barril.
A mudança reflete a expectativa de um pequeno déficit e uma tendência de queda nos preços no longo prazo, de acordo com analistas do banco.
O Goldman também elevou sua estimativa para o aumento da oferta de líquidos dos EUA em 2024, de 0,5 milhão de barris por dia (mb/d) para 0,9 mb/d, em função dos avanços na perfuração e na finalização dos poços.
Apesar de um menor patamar de referência, de uma maior capacidade ociosa e de uma desaceleração dos custos, o banco cortou levemente sua previsão de 36 meses para o Brent, de US$ 72 para US$ 71 por barril. A nova projeção indica que o Brent chegará a US$ 85 até junho de 2024, com média de US$ 81 em 2024 e de US$ 80 em 2025.
“Vemos algum espaço para alta nos contratos futuros, já que os preços à vista estão baixos em relação aos estoques e aos juros, a posição está desfavorável e as condições financeiras mais relaxadas sustentam nossa visão de longo prazo de que a demanda se manterá firme em 2024”, afirmaram os analistas em um relatório.
“Apesar do ajuste na faixa, ainda prevemos preços estáveis e apenas uma moderada volatilidade de preços em 2024. A alta capacidade ociosa para lidar com choques de escassez deve conter os movimentos de alta nos preços. A opção de venda da Opep, o reforço estratégico dos estoques da China e dos EUA, e o baixo risco de recessão devem conter o risco de baixa nos preços.”
A revisão do Goldman vem após o petróleo Brent cair 20% desde o fim de setembro, para US$ 77, à medida que a oferta fora da Opep, liderada pelos EUA, seguiu em expansão.
Sobre a Arábia Saudita, os analistas do Goldman acreditam que o maior produtor de petróleo do mundo "provavelmente não inundará o mercado em 2024.
“Assim, esperamos que os cortes da Opep+ anunciados em abril de 2023 (1,7mb/d) sejam mantidos até 2025, e o pacote adicional de 2,2mb/d até o segundo trimestre de 2024, com apenas uma redução gradual e parcial deste último a partir de julho de 2024”, concluíram os analistas.