Os contratos futuros de petróleo operaram em alta nesta segunda-feira, 27, impulsionados por renovadas tensões no Oriente Médio. As ações israelenses na Faixa de Gaza ganharam novos desdobramentos e geraram críticas internacionais, o que abre espaço para prêmios de risco diante de uma eventual escalada do conflito. Nesta segunda, os mercados contaram com liquidez reduzida, devido a feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Às 14h17 (horário de Brasília), no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho operava em alta de 1,16% (US$ 0,90), a US$ 78,62 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto fechou em alta de 1,27% (US$ 1,04), a US$ 82,88 o barril.
Israel enfrenta duras criticas da comunidade internacional após um ataque em Rafah, no Sul de Gaza, que matou pelo menos 45 pessoas. Em paralelo, a imprensa israelense informou que um soldado egípcio morreu durante confronto com forças de Israel.
Por sua vez, o TD Securities acredita que, em um cenário mais amplo, os prêmios de risco do fornecimento de energia continuam a evaporar, o que deverá, em última análise, representar um desafio para o grupo de produtores Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) antes da sua reunião agendada para o final desta semana.
O grupo está cada vez mais encurralado - forçado a manter os seus cortes extraordinários durante mais tempo do que o previsto, enquanto os ganhos de oferta nos EUA, Canadá, Guiana e Brasil trabalham para compensar os seus esforços para restringir os mercados globais de petróleo.
"A fraqueza do complexo energético, numa altura em que o nosso indicador da procura alargada de matérias-primas se fortalecido, aponta para riscos descendentes notáveis no horizonte, corroborados pelo colapso nos spreads de tempo. Nossa análise de posicionamento avançada também destaca vários catalisadores adicionais para programas de vendas algorítmicas abaixo da marca de US$ 75 no WTI", projeta a instituição.