Wall Street dispara com comentários de Trump sobre a China e Broadcom sobe
Investing.com - O mercado de criptomoedas iniciou a segunda-feira (6) em clima de recuperação cautelosa após uma das semanas mais turbulentas do ano, marcada por liquidações bilionárias e forte aversão ao risco. As tensões comerciais entre Estados Unidos e China, reacendidas pelo anúncio de tarifas de até 100% sobre importações chinesas, ainda pairam sobre os ativos globais, alimentando movimentos defensivos por parte dos investidores. Ainda assim, o apetite por risco voltou pontualmente ao mercado cripto, em um clássico rali de alívio pós-estresse. Por volta das 16h45 (horário de Brasília), as principais criptomoedas operavam em alta.
Segundo dados da Binance, o Bitcoin era negociado a US$ 115.751,30, com ganho diário de 1,21%, enquanto o Ethereum avançava 3,10%, cotado a US$ 4.265,58. A Solana liderava entre os grandes tokens, disparando 6,22%, a US$ 208,09, reforçando a dominância das altcoins nas reações pós-corretivas. O movimento veio após o BTC ter tocado mínimas próximas de US$ 104 mil na semana anterior, em meio ao maior evento de liquidação diária da história das criptomoedas. A tração técnica agora encontra resistência na faixa dos US$ 117 mil, apontada por analistas como ponto-chave para definir a próxima direção.
No pano de fundo, investidores seguem monitorando os desdobramentos da retórica comercial entre Washington e Pequim, que já provocou impactos simultâneos em ações e criptoativos. As declarações mais amenas do governo norte-americano no fim de semana contribuíram para aliviar parte da pressão, mas a possibilidade de novas medidas protecionistas mantém os mercados em estado de alerta. A China, por sua vez, sinalizou que “não teme” uma escalada, adicionando incerteza ao cenário.
Mesmo com a recuperação parcial, o sentimento ainda é de prudência. Dados de corretoras indicam redução no uso de alavancagem e volume concentrado em recomposição tática de posições, em vez de entradas estruturais de longo prazo. Gestores descrevem o movimento atual como uma “respirada técnica”, não como retomada firme de tendência. Para boa parte do mercado, o Bitcoin pode até buscar novas máximas — mas só com trégua geopolítica e retomada consistente de fluxo institucional.
"Atualmente, o Bitcoin mostra sinais de estabilização em torno de US$ 113.700, com resistência imediata na faixa dos US$ 115.000–116.500. Um fechamento diário consistente acima desse nível, especialmente acompanhado de fluxo robusto para ETFs spot, poderia abrir espaço para um reteste dos US$ 125.000. O suporte imediato está próximo dos US$ 108.000, enquanto os US$ 100.000 representam um ponto crítico caso a pressão vendedora se intensifique. No curto prazo, é provável que o mercado consolide entre US$ 108.000 e US$ 116.500 enquanto digere os choques macroeconômicos recentes. Já no médio prazo, a perspectiva segue construtiva: projetamos o BTC retomando níveis em torno de US$ 130.000 e o ETH alcançando US$ 4.800, apoiados por fluxos institucionais sustentados por ETFs e DATs, além do crescente interesse global por ativos alternativos. Ainda assim, a volatilidade estrutural deve permanecer elevada em função do cenário político e econômico internacional", explicou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"A correção das últimas semanas parece mais uma realização técnica do que uma reversão estrutural. O Bitcoin mantém médias de preço ascendentes e domínio de mercado, mas a volatilidade sugere que movimentos bruscos ainda são prováveis. Para quem acompanha o ativo, o momento exige disciplina e atenção a novos gatilhos macro e institucionais", analisou o WarrenAI.
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