Investing.com - Preços do petróleo encerraram a sexta-feira um pouco mais altos, flutuando em torno de seus melhores níveis em meses em meio ao otimismo de que o mercado de petróleo estaria começando a se reequilibrar.
Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) avançavam US$ 0,11, ou cerca de 0,2%, e eram negociados a US$ 50,66 o barril no fechamento do pregão, não muito distantes de US$ 51,11, seu nível mais alto desde 25 de maio, que foi atingido na quarta-feira.
Na semana, os preços do petróleo dos EUA avançaram cerca de 1,5%, seu terceiro ganho semanal seguido.
Enquanto isso, contratos futuros de petróleo Brent, a referência para preços do petróleo fora dos EUA, subiram US$ 0,43, ou cerca de 0,8%, e encerraram em US$ 56,86 o barril após tocarem US$ 56,91, pico de mais de seis meses atingido ainda durante a sessão.
A referência global encerrou a semana com ganhos de 2,2%, seu quarto ganho semanal seguido.
Um comitê liderado pela OPEP formado por importantes produtores de petróleo, realizou uma reunião em Viena na última sexta-feira e apresentou conformidade recorde com seu acordo de cortes na produção, mas, conforme esperado, foi decidido esperar um pouco mais para ver se mais ações são necessárias.
A conformidade da OPEP e de produtores externos à organização em relação ao acordo de limitar a produção aumentou para 116% em agosto, afirmou o comitê, um forte aumento em comparação aos 94% atingidos no mês passado.
Essam al-Marzouq, Ministro do Petróleo do Kuwait que presidiu a reunião, afirmou que o mercado "está evidentemente bem em seu caminho em direção ao reequilíbrio".
Em maio, membros da OPEP e externos à organização com liderança da Rússia chegaram a um acordo para estender os cortes na produção de 1,8 milhão de barris por dia por um período de novo meses até março de 2018 em uma aposta para reduzir os estoques globais de petróleo e sustentar os preços.
No entanto, até agora, a crescente produção nos EUA, na Nigéria e na Líbia tem prejudicado os esforços do cartel para limitar o excesso de oferta.
O ministro de energia da Rússia sugeriu que janeiro seria a primeira data para se considerar uma extensão do acordo global, embora outros ministros sugeriram que uma decisão poderia ser tomada antes do fim deste ano.
A próxima reunião do comitê está marcada para 29 de novembro em Viena, um dia antes da reunião agendada regularmente pela OPEP.
Já nos EUA, participantes do mercado assimilaram dados mostrando que o número de sondas de petróleo ativas continuou a diminuir, sugerindo um possível aperto na produção doméstica.
A Baker Hughes, empresa prestadora de serviços a campos petrolíferos, afirmou que sua contagem semanal de sondas ativas nos EUA teve redução de 5 e totalizou 744, a terceira redução semanal seguida.
A contagem semanal de sondas é um barômetro importante para a indústria de extração de petróleo e serve como uma referência para a produção de petróleo e a demanda de serviços de petróleo.
Enquanto isso, contratos futuros de gasolina avançaram US$ 0,019, ou 1,2%, e fecharam a sexta-feira em US$ 1,626. Na semana, fecharam em alta de cerca de 0,4%.
O óleo de aquecimento encerrou estável, cotado a US$ 1,808 o galão, mas ainda fechou a semana com alta em torno de 1%.
Contratos futuros de gás natural avançaram US$ 0,014, ou 0,5%, para US$ 3,021 por milhão de unidades térmicas britânicas. Tiveram queda na semana em torno de 2,2%.
Na semana a seguir, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar o impacto que as tempestades recentes tiveram na oferta e na demanda.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira, 26 de setembro
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira, 27 de setembro
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira, 28 de setembro
O governo norte-americano deve divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira, 29 de setembro
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.