Investing.com – O petróleo registrava queda no início da tarde desta sexta-feira, 15, mesmo com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduza os juros e estimule a demanda americana e de um relatório setorial otimista emitido pela Agência Internacional de Energia (AIE).
Às 13h de Brasília, o barril do WTI, que serve de referência para os EUA, recuava 0,54%, a US$ 71,1, enquanto o de Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), se desvalorizava 0,44%, US$ 76,26.
Ainda assim, os dois benchmarks acumularam ganhos na semana, interrompendo uma série de sete quedas semanais seguidas.
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Fed mais brando anima o mercado
O Fed deu um impulso aos mercados de commodities nesta semana, ao manter os juros inalterados em sua última reunião do ano e indicar cortes de juros mais acentuados do que o previsto em 2024.
Juros mais baixos aumentam a liquidez nos mercados, favorecem a atividade econômica e impulsionam a demanda por petróleo, especialmente porque sugerem um “pouso suave” para a economia dos EUA, o maior consumidor de petróleo do mundo.
Além disso, o tom “dovish” (ameno) do Fed, em contraste com as declarações de instituições como o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra, fez o dólar cair para o menor nível em quatro meses, beneficiando os compradores internacionais de petróleo.
Dados econômicos mistos
O mercado petrolífero enfrentou dados econômicos contraditórios nesta sexta-feira.
O PMI alemão, elaborado pela S&P Global, recuou pelo sexto mês seguido, sinalizando que a maior economia da zona do euro pode estar em recessão no final do ano.
Por outro lado, dados da China, maior país importador de petróleo do mundo, mostraram um desempenho melhor do que o esperado na produção industrial e uma melhora nas vendas no varejo, elevando a esperança de que a recuperação econômica pós-covid do país possa estar se consolidando.
AIE eleva previsão de demanda de petróleo para 2024
A Agência Internacional de Energia deu uma força ao mercado no começo desta semana, ao elevar ligeiramente sua previsão de demanda de petróleo para 2024. Mas a projeção feita pela AIE ainda era muito menor do que a sugerida pela Opep+, grupo de países produtores de petróleo.
Cortes de produção insuficientes do grupo cartel pressionaram o petróleo nas últimas semanas, levando os preços para o menor nível em mais de cinco meses. Mesmo com uma perspectiva de demanda positiva para 2024, a expectativa é que os mercados continuem bem supridos.
Isso também se deve, em parte, à forte produção dos EUA, com dados recentes mostrando que a produção total dos EUA ficou próxima de recordes na última semana. Os estoques do país tiveram uma queda maior do que a esperada, mas a demanda por combustíveis no país seguiu fraca, com os estoques de gasolina registrando um leve aumento.
(Ambar Warrick contribuiu para este artigo.)