Investing.com – O petróleo recuperava parte das perdas de ontem nesta terça-feira, 9, pela manhã, em meio às persistentes interrupções de oferta pela rota do mar Vermelho.
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Às 11h20 de Brasília, o barril do West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os Estados Unidos, avançava 1,78%, a US$ 72,03, enquanto o de Brent, referência para o resto do mundo, inclusive para a Petrobras (BVMF:PETR4), registrava alta de 1,64%, a US$ 77,37.
Tensão no Oriente Médio eleva prêmio de risco
O conflito entre Israel e o Hamas segue sem solução à vista, sustentando os preços do petróleo, diante do receio de que se agrave para uma crise regional que afete a oferta da região produtora de petróleo.
Diversas companhias de transporte marítimo continuam a evitar o mar Vermelho, elevando o custo de exportação do petróleo cru.
A Hapag-Lloyd informou nesta terça que manterá o desvio de seus navios pelo Cabo da Boa Esperança, após ataques navais dos rebeldes houthis do Iêmen.
A Maersk, segunda maior empresa de navegação do mundo, anunciou na sexta que também contornará a região por um “período indeterminado”.
Dilema na Opep+
O mercado petrolífero recuou cerca de 3% na segunda, após a Arábia Saudita, maior exportador mundial do produto, reduzir drasticamente seus preços oficiais de venda, sinalizando uma demanda fraca, especialmente no mercado asiático.
Os cortes dos preços sauditas ocorrem cerca de um mês após a Opep e seus aliados anunciarem novos cortes na produção para 2024, que ficaram aquém das expectativas do mercado.
“Se a fraqueza persistir, é improvável que a Opep+ consiga fazer cortes de produção mais expressivos, considerando o nível dos cortes já em vigor”, afirmaram analistas do ING, em um relatório.
“O mais provável é que vejamos a extensão dos cortes voluntários atuais para o segundo trimestre de 2024, para reduzir o excesso de oferta previsto para o próximo trimestre.”
Mercados aguardam dados de inflação e produção dos EUA
Os mercados petrolíferos também estavam cautelosos antes de importantes indicadores econômicos previstos para esta semana. Os número de inflação dos EUA serão divulgados na quinta-feira, 11, e devem ter impacto nas expectativas sobre as taxas de juros, enquanto os dados da inflação e do comércio na China serão publicados na sexta e devem fornecer mais pistas sobre a atividade no maior país importador de petróleo do mundo.
Antes disso, teremos a última leitura dos estoques de petróleo dos EUA pelo American Petroleum Institute ainda nesta sessão, seguida pelos dados oficiais da Administração de Informações Energéticas na quarta-feira.
A agência também divulgará um relatório com perspectivas para o mercado no curto prazo nesta terça, que incluirá suas últimas projeções para a produção de petróleo dos EUA em 2024 e sua primeira estimativa para 2025. No mês passado, o órgão previa que a produção americana de petróleo aumentaria 190.000 barris por dia em 2024, para um recorde de 13,11 milhões de barris por dia.
(Com contribuições de Ambar Warrick.)