Ação da B3 escolhida por IA avança 7% na semana; alta no ano acima de 200%
(Corrige 2º parágrafo para acrescentar o volume financeiro)
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, com as ações da Vale entre os principais suportes após dados de produção da companhia e com o avanço dos futuros do minério de ferro na China, e com os papéis da WEG também em alta após divulgação do balanço trimestral.
Às 11h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,31%, a 144.533,74 pontos. O volume financeiro somava R$4,4 bilhões.
Segundo o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa está em tendência de alta no longo prazo pela média de 200 dias e ficou logo acima da sua média de 21 dias nos 144.000 pontos, reforçando o sinal de alta também no curto prazo.
Ele avalia que tal cenário pode levar o Ibovespa aos 147.500 em seu topo histórico ou 157.000 por projeção de Fibonacci. "O sinal de realização seria retomado com a perda dos 143.800, mirando suportes em 140.000 ou 137.000", disse.
No exterior, Wall Street tinha uma sessão negativa, com agentes financeiros avaliando resultado trimestral da Netflix e no aguardo dos números da Tesla após o fechamento. O S&P 500 perdia 0,09%.
DESTAQUES
- VALE ON subia 0,99% após informar que registrou entre julho e setembro sua maior produção trimestral de minério de ferro desde 2018. A mineradora também afirmou que está no caminho para atingir a faixa superior da meta para o ano em seus três principais negócios. Ainda como pano de fundo, o contrato futuro de minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian, na China, encerrou em alta de 0,65%.
- WEG ON avançava 0,81%, após reportar lucro líquido de R$1,65 bilhão no terceiro trimestre, crescimento de 4,5% sobre o desempenho de um ano antes. O Ebitda somou quase R$2,28 bilhões, com margem de 22,2%. Projeções compiladas pela LSEG apontavam lucro líquido de R$1,60 bilhão e Ebitda de R$2,27 bilhões. A receita operacional líquida cresceu 4,2%, para R$10,27 bilhões no período.
- FLEURY ON caía 4,78% ainda sob efeito das notícias dos últimos dias envolvendo conversas da companhia com a Rede D’Or. Ambas as empresas negaram uma decisão formal sobre o fim das negociações, mas a Rede D’Or afirmou que as "interações preliminares... foram infrutíferas". REDE D’OR ON tinha acréscimo de 1,32%.
- AMBEV ON cedia 0,41% tendo no radar números da rival Heineken no terceiro trimestre, quando registrou queda de 0,3% na receita líquida e recuo de 4,3% nos volumes, em desempenho afetado entre outros mercados pelo Brasil. A cervejaria holandesa também estimou "declínio modesto" nos volumes de vendas de cerveja em 2025. A Ambev reporta seu desempenho trimestral no dia 30 de outubro.
- COPEL PNB subia 0,83% após mostrar nesta quarta-feira que o consumo de energia elétrica no mercado fio da Copel Distribuição cresceu 1,7% ante o mesmo período do ano passado. A elétrica atribuiu o desempenho, principalmente, às temperaturas mais baixas, que impulsionaram o consumo residencial para aquecimento, e à maior atividade econômica, que favoreceu o desempenho dos segmentos comercial e industrial.
- COGNA ON avançava 3,66% e YDUQS ON tinha alta de 3,66%, ampliando a recuperação em outubro após correção negativa nas duas primeiras semanas do mês. Analistas do BTG Pactual publicaram na véspera prévia para os resultados do setor no terceiro trimestre, estimando, de forma geral, que as empresas continuaram apresentando um desempenho operacional sólido, apoiado pela expansão dos segmentos premium.
- PETROBRAS PN tinha elevação de 0,78%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent subindo 2,23%. PETROBRAS ON avançava 0,54%.
- BTG PACTUAL UNIT valorizava-se 0,92%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa. ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,16% e BRADESCO PN avançava 0,45%, enquanto BANCO DO BRASIL ON tinha queda de 0,29% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,44%.
