Investing.com - O petróleo avançou nesta sexta-feira com os investidores animados com a decisão da Opep e de grandes exportadores de estender até o fim de 2018 o acordo de corte de oferta.
Na bolsa de Nova York, o contrato futuro para entrega em janeiro subiu 1,7% para fechar a US$ 58,36 o barril, enquanto o Brent, em Londres, avançou 1,7% e encerrou a sessão a US$ 63,68 o barril.
Ontem, membros da Opep e grandes exportadores como a Rússia decidiram, em reunião semestral do cartel na Áustria, prorrogar até o final de 2018 o acordo para retirar do mercado 1,8 milhão de barris/dia de oferta global, aumentando as apostas em um reequilíbrio do mercado. O pacto de cotas de produção por país está em vigor desde janeiro e venceria em março de 2018.
O presidente da Saudi Aramco, Khalid Al-Falih, disse que era necessário estender os cortes de produção por um período mais longo para eliminar cerca de 150 milhões de barris em estoques globais, para trazer o volume de volta a uma média de cinco anos.
A área de commodities do Goldman Sachs acredita que a extensão do plano de cortes da Opep ajudará a reduzir o risco de uma forte retomada de oferta, caso o acordo não fosse renovado. O banco contudo alerta que os preços não devem subir com o receio de uma produção crescente no shale norte-americano.
"Nós percebemos desses comentários da Opep um forte compromisso em restaurar os estoques e em permanecer dependente dos dados do mercado, o que reduz o risco de uma surpresa na oferta ou excessiva queda nos estoques", disse o banco em relatório.
Nos EUA, os investidores receberam com cautela novo aumento das atividades exploratórias no país. O número de sondas em atividade aumentou em 2 unidades, para 749, na semana passada, aumentando o receio de sequência no aumento de oferta norte-americana.
Na quarta-feira, a agência de energia do país mostrou novo aumento na produção dos EUA, que soma 9,66 milhões de barris diários.