Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 23, repercutindo dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos que mostraram contínua queda nos estoques da commodity no país. O fortalecimento do dólar, contudo, limitou os ganhos no mercado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para novembro subiu 0,33%, a US$ 39,93 o barril. O Brent para o mesmo mês avançou 0,12%, a US$ 41,77 o barril, na International Exchange (ICE).
Segundo o DoE, os estoques americanos de petróleo caíram 1,639 milhões de barris na semana passada, a 494,406 milhões de barris - recuo maior que o previsto por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que esperavam recuo de 1,4 milhão de barris.
O resultado ajudou a manter em segundo plano preocupações sobre a demanda deprimida, a retomada da produção na Líbia e a apreciação do dólar. De acordo com o Commerzbank, temores de uma segunda onda de coronavírus na Europa também pesam sobre o sentimento geral. "Um ressurgimento de casos de coronavírus poderia se provar um obstáculo para a recuperação da demanda, embora novos lockdowns devam ser mais direcionados e localizados", explica.
Os problemas acontecem em um momento em que o setor já encontra dificuldade para retomar o vigor de antes da pandemia. Pesquisa da distrital de Dallas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulgada hoje, concluiu que a atividade no setor de petróleo e gás nos EUA recuou moderadamente no terceiro trimestre de 2020. O índice de atividade dos negócios no setor aumentou no período, mas ainda em território negativo, de -66,1 no segundo trimestre a -6,6 no terceiro, "o que sugere que o ritmo da contração tem diminuído significativamente", diz a instituição.