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Por que o petróleo deve seguir em US$70 no longo prazo, segundo o Julius Baer

Publicado 05.09.2024, 11:36
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Investing.com – Uma demanda parcialmente estagnada, principalmente no Ocidente e na China, aliada a uma produção em alta nas Américas, que deve aumentar a oferta a partir do final do ano, levaria a excedentes de produção do petróleo no próximo ano. Mesmo assim, o grupo suíço Julius Baer mantém visão neutra para a commodity energética e espera que os preços se mantenham na casa dos US$70 o barril no longo prazo, conforme nota divulgada nesta quinta-feira, 05.

A queda recente no mercado de petróleo, com peso nas cotações da commodity nos últimos dias, na casa dos US$60 o barril, teria sido motivada por notícias de um retorno mais rápido do que o esperado da produção reduzida da Líbia, sendo a retração acirrada por operações de hedge.

“O país devastado pelo conflito está atualmente envolvido numa turbulência política em torno da liderança do banco central, que governa as receitas do petróleo. A Líbia não é um produtor de petróleo importante, mas ainda assim significativo, responsável por mais de 1% ou 1,2 milhões de barris por dia do abastecimento mundial, dos quais cerca de metade estão atualmente reduzidos”, detalha Norbert Rücker, chefe de economia e pesquisa de nova geração do Julius Baer.

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Após os preços terem chegado na casa dos US$60 o barril, mas apresentando melhora hoje, a expectativa do Julius Baer é de que rondem US$70 o barril no longo prazo. Os investidores estão atentos se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode reconsiderar o aumento da produção, para dar um fôlego aos preços do petróleo. No entanto, a decisão pode influenciar na sua participação de mercado.

Rücker entende que a produção de óleo de xisto provavelmente estagnaria ou mesmo reverteria com os preços no patamar de US$60 por barril, o que, em seu entendimento, eliminaria o excedente. “O negócio do xisto tem surpreendido com um crescimento da produtividade mais rápido do que o esperado e, consequentemente, com uma deflação parcial dos custos de produção até agora este ano”.

Os países produtores de petróleo, ainda na visão de Rücker, devem adiar ou diminuir as suas promessas de eliminação progressiva do corte de oferta – pois estas dependem das condições do mercado. “No entanto, tal anúncio não é necessariamente otimista para os preços, uma vez que o mercado pode apontar para a persistente e grande capacidade de produção disponível”, completa o especialista, que entende que os países produtores não tendem a ceder participação no mercado.

Às 11h34 (de Brasília) desta quinta, o Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, subia 1,55%, a US$70,27, e o Petróleo Brent Futuros estava em alta de 1,40%, a US$73,72.

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