México, 3 ago (EFE).- Analistas mexicanos do setor privado
consideraram que a queda no Produto Interno Bruto (PIB) no país em
2009 será maior que a esperada (6,9%, em comparação com os 6,3% da
pesquisa anterior), mas a recuperação em 2010 também será maior
(2,5%, contra 2,1%), informou hoje o Banco do México.
Segundo uma enquete sobre as expectativas dos especialistas em
economia do setor privado sobre o mês de julho, divulgada hoje, no
segundo, terceiro e quarto trimestre do ano, haverá contrações do
PIB de 10,2%, 6,4% e 3%, respectivamente.
Por isso, a previsão é que a queda da atividade econômica durante
todo o ano seja de 6,9%.
Os 32 grupos de análise e consultoria econômica indagados
alertaram que "como reflexo da deterioração prevista para a
atividade produtiva", o emprego sofrerá "uma grande contração".
O consumo e o investimento do setor privado apresentarão
diminuições anuais de 6,1% e 12,4%, respectivamente, frente aos 5,5%
e 10,2% da enquete anterior.
No setor público, o consumo aumentará 0,1%, contra 1,5% do estudo
de junho, e o investimento subirá 3,8%, em comparação com os 5%
anteriores.
Entre os fatores que poderiam limitar o ritmo da atividade
econômica destacam a fraqueza dos mercados externos e da economia
mundial (25% das respostas) e a falta de avanços na instrumentação
das medidas pendentes de câmbio estrutural (24%).
Embora o Governo tenha projetado inicialmente uma queda na
economia do 5,5% para este ano, o Banco do México previu que o PIB
se contrairá entre 6,5% e 7,5%, devido à crise mundial. EFE