Investing.com – Os preços do petróleo atingiram uma baixa de uma semana nesta quinta-feira, uma vez que os traders estavam aguardando o resultado de uma reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Viena, na sexta-feira.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em julho atingiu uma baixa intraday de US$ 62,87 por barril, o nível mais fraco desde 29 de abril, antes de ser negociado a US$ 62,91 nas negociações norte-americanas da manhã, uma queda de 89 centavos, ou 1,4%.
Um dia antes, os preços do Brent negociados em Londres caíram US$ 1,69, ou 2,58%, ficando em US$ 63,80, após uma autoridade da OPEP ter dito que que há um “consenso” entre os países da OPEP do Golfo sobre manter os níveis de produção inalterados acima de 30 milhões de barris por dia, apesar das atuais preocupações com amplas reservas globais.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em julho atingiu uma baixa diária de US$ 58,61, um nível não visto desde 29 de maio, antes de ser negociado a US$ 58,63, uma queda de US$ 1,01, ou 1,69%.
Na quarta-feira, os preços do petróleo da Nymex perderam US$ 1,62, ou 2,64%, sendo negociados a US$ 59,64, embora os dados sobre as reservas de petróleo dos EUA tenham sido otimistas.
A Administração de Informações de Energia (EIA) dos EUA disse em seu relatório semanal que as reservas de petróleo bruto dos EUA caíram 1,9 milhão de barris, para 458,5 milhões na semana passada, a quinta queda consecutiva semanal.
Os analistas do mercado esperam que as reservas de petróleo caiam em 1,7 milhão de barris, ao passo que o American Petroleum Institute relatou na terça-feira um aumento de 1,8 milhão de barris.
As reservas de petróleo dos EUA ficaram em 477,4 milhões de barris, ficando perto de níveis não vistos para esta época do ano em pelo menos 80 anos.
Enquanto isso, o spread entre os contratos de petróleo Brent e WTI ficou em US$ 4,12 por barril, em comparação com US$ 4,16 no fechamento das negociações de quarta-feira.
No mercado de câmbio, o índice do dólar subiu 0,15%, para 95,49, saindo de uma baixa de mais de duas semanas de 94,68, alcançada no início do dia.
O dólar recuperou terreno após o Departamento do Trabalho dos EUA ter informado que a quantidade de indivíduos que entraram com novo pedido de seguro-desemprego caiu em 8.000 na semana passada, para 276.000. Os analistas esperavam que os novos pedidos de seguro-desemprego caíssem em 5.000 para 279.000 na semana passada.
Os investidores estão agora aguardando o relatório sobre o emprego nos EUA de sexta-feira, que deve mostrar um ganho de 225.000 postos de trabalho em maio, após um aumento de 223.000 em abril.
Um relatório forte sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA pode aumentar as expectativas relacionadas a quando o banco central pode começar a aumentar a taxa de juros, ao passo que um relatório fraco pode pesar sobre o dólar questionando o argumento de uma alta antecipada na taxa de juros.
Relatórios econômicos recentes indicaram que a economia está recuperando a força após ter contraído no primeiro trimestre, alimentando as especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) poderia aumentar as taxas até setembro.