Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo despencaram mais de 5% nesta quarta-feira, o que levou a cotação do Brent a uma mínima de quatro meses, à medida que o aumento no número de casos de coronavírus nos Estados Unidos e Europa acarreta novos "lockdowns" e alimenta expectativas de mais quedas na demanda por combustíveis.
Também pressionando o mercado, os estoques de petróleo dos EUA avançaram mais do que o esperado na semana passada, diante de um aumento recorde da produção, segundo dados da Administração de Informações sobre Energia (AIE).
"O aumento na produção de petróleo resultou em uma alta inesperada nos estoques, e considerando os novos 'lockdowns' que temos visto na Europa, isso é apenas mais uma notícia ruim para o mercado do petróleo", disse Andy Lipow, presidente da consultoria Lipow Oil Associates.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 2,08 dólares, ou 5,1%, a 39,12 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) recuou 2,18 dólares, ou 5,5%, para 37,39 dólares o barril.
Esse é o menor nível de fechamento do Brent desde 12 de junho, enquanto o WTI registrou o mais baixo patamar de fechamento desde 2 de outubro. Ambas referências tiveram as maiores quedas diárias desde 8 de setembro.
As quedas do petróleo refletem o declínio em outros ativos de risco --em Wall Street, todos os índices do mercado acionário norte-americano operavam em queda nesta quarta, com o S&P 500 cedendo 2,9%.
(Reportagem adicional de Noah Browning em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio, Laura Sanicola e Laila Kearney em Nova York)