Investing.com – Os preços do petróleo registravam queda nesta segunda-feira pela manhã, impactados por preocupações com a demanda da China, maior importadora mundial do produto, bem como pelas negociações de cessar-fogo no Oriente Médio, que também estão em destaque.
Às 9:40 de Brasília, o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, recuava 0,64%, a US$ 75,06, enquanto o barril de Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), se desvalorizava 0,65%, negociado a US$ 79,18, no mercado futuro.
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Os principais referenciais do mercado caíram quase 2% no final da semana passada e mantiveram a tendência de queda, após revelações de que a economia chinesa perdeu dinamismo em julho, com uma queda recorde nos preços de novas residências em nove anos, desaceleração da produção industrial e aumento do desemprego.
As atenções estão agora voltadas para as negociações de cessar-fogo em Gaza, que devem prosseguir esta semana no Cairo, seguindo um encontro de dois dias em Doha na semana passada.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificou na segunda-feira o mais recente esforço diplomático dos EUA para firmar um acordo de cessar-fogo em Gaza como "provavelmente a melhor e talvez a última oportunidade", e exortou todas as partes a finalizar o acordo.
A urgência para se alcançar um acordo de cessar-fogo aumentou diante do medo de uma escalada de conflitos por toda a região, um aumento que poderia afetar o fornecimento de petróleo desta área rica em recursos.
Contudo, os países mediadores - Catar, Estados Unidos e Egito - até o momento não conseguiram minimizar as diferenças o suficiente para chegar a um acordo após meses de negociações intermitentes, e a violência em Gaza continuou intensa no domingo.
O mercado global de petróleo enfrenta um cenário complexo, caracterizado por tendências divergentes de oferta e demanda, incertezas geopolíticas e condições macroeconômicas em transformação, conforme analistas da BofA Securities (NYSE:BAC), em nota de 16 de agosto.
O crescimento da demanda por petróleo está diminuindo significativamente à medida que as taxas de adoção de veículos elétricos aumentam na China e em outras regiões, segundo os analistas da BofA Securities, que preveem um crescimento médio da demanda global de petróleo de 1 milhão de barris por dia em 2024 e 1,1 milhão de barris por dia em 2025.
Além disso, espera-se que a produção de petróleo de países não membros da Opep+ cresça significativamente, com um aumento projetado de cerca de 1 milhão de barris por dia ano a ano em 2024 e 1,6 milhão de barris por dia ano a ano em 2025, enquanto a Opep+ planeja reintroduzir alguns barris no mercado no último trimestre de 2024.