Investing.com - Preços do petróleo caíam nesta quinta-feira, já que investidores embolsavam os lucros do recente aumento da commodity disparado por dados positivos sobre os estoques norte-americanos e sentimentos de que o mercado está se reequilibrando.
O contrato do petróleo bruto West Texas Intermediate com vencimento em novembro recuava US$ 0,76, ou cerca de 1,46%, com o barril negociado a US$ 51,27 às 11h45.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em dezembro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres recuavam US$ 0,87, ou cerca de 1,51%, e o barril era negociado a US$ 57,26.
Os preços do petróleo subiram após a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) informar que nesta semana os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 5,7 milhões de barris, marcando a quarta semana seguida de redução. Entretanto, os estoques de gasolina tiveram aumento de 900.000 barris na semana, ao passo que estoques de destilados tiveram aumento de 500.000 barris.
O relatório também mostrou que a produção doméstica de petróleo teve redução de 11% em comparação a semana anterior e chegou a 8,4 milhões, já que a produção teve que ser interrompida devido ao furacão Nate, que atingiu a costa do Golfo do México nos EUA no início de outubro.
Os preços receberam ainda mais impulso em meio a expectativas de que grandes produtores mundiais estenderão o pacto de cortes na produção para além de sua data final atual, que seria o próximo mês de março.
O acordo original, realizado há quase um ano entre a OPEP e outros 10 países externos à organização liderados pela Rússia, era de cortar 1,8 milhão de barris de petróleo por dia durante seis meses. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.
Além disso, investidores de petróleo continuavam a monitorar desdobramentos geopolíticos na região do Curdistão no Iraque, na qual forças iraquianas nesta semana tomaram o controle na cidade de Kirkuk, rica e petróleo e que estava sob domínio curdo.
O confronto aconteceu após um referendo no qual os curdos, que governam a região semiautônoma no norte do Iraque, terem decidido por ampla maioria pela independência no mês passado, desafiando Bagdá, potências regionais e os EUA, levando a temores de interrupções no abastecimento.
Soma-se a essas tensões o fato de que Donald Trump, presidente norte-americano, se recusou na semana passada a certificar a conformidade do Irã com um acordo nuclear, dando um prazo de 60 dias ao Congresso para decidir quanto a mais ações contra Teerã.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuavam 0,97% para US$ 1,635 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural estavam pouco alterados em US$ 2,856 por milhão de unidades térmicas britânicas.