Investing.com - O petróleo dos EUA caía nesta sexta-feira, já que preocupações com a crescente produção dos EUA e de membros da OPEP pesava na demanda pela commodity.
Contratos futuros de petróleo dos EUA com vencimento em setembro recuavam 0,98% para US$ 48,55 o barril, valor mais baixo desde 1º de agosto.
Na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange), em Londres, o contrato de petróleo Brent com vencimento em outubro recuava 0,96% para US$ 51,51 o barril.
Os preços do petróleo caíam após um relatório afirmar que as exportações de petróleo bruto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo atingiram um novo recorde em julho, grande parte dessas exportações com origem na Nigéria, que registrou carregamentos de 260.000 barris por dia.
Além disso, a produção norte-americana de petróleo atingiu 9,43 milhões de barris por dia, a maior desde agosto de 2015.
A commodity se fortaleceu no início da semana após investidores virem como positivos os dados sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) divulgou uma redução de 1,5 milhão de barris nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada, abaixo das expectativas dos analistas.
Contudo, os estoques de gasolina tiveram uma redução maior do que o esperado de 2,5 milhões de barris, enquanto a demanda atingiu um recorde acima de 9,8 milhões de barris por dia, afirmou a EIA.
Investidores de petróleo aguardam a reunião do comitê técnico de alguns produtores da OPEP e externos à organização, que ocorrerá em Abu Dhabi na próxima semana, para avaliar como o grupo poderá aumentar a conformidade com os cortes na produção que começaram no início desse ano.
Até o momento, esse acordo teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em setembro avançavam menos de US$ 0,005 para US$ 1,641 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em setembro estavam pouco alterados, negociados a US$ 1,657 o galão.