Ação da B3 escolhida por IA avança 7% na semana; alta no ano acima de 200%
Investing.com – Os preços do petróleo registraram forte alta nesta quinta-feira, após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de novas sanções contra as maiores petrolíferas da Rússia, uma medida que pode restringir a oferta global da commodity.
O movimento ampliou a recuperação iniciada após o petróleo atingir, no início da semana, o menor patamar em cinco meses. Dados recentes sobre estoques nos EUA também reforçaram o otimismo do mercado.
Os contratos futuros do Brent para dezembro subiam cerca de 5,10%, a US$ 65,76 por barril, enquanto os do West Texas Intermediate (WTI) avançavam 5,40%, para US$ 61,66 por barril.
EUA anunciam sanções contra Lukoil e Rosneft
O Departamento do Tesouro americano anunciou, na quarta-feira, sanções contra as russas Lukoil e Rosneft, as duas maiores produtoras de petróleo do país, e pediu um cessar-fogo imediato na Ucrânia.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que as companhias “financiam a máquina de guerra do Kremlin” e destacou que Washington está pronta para adotar medidas adicionais contra Moscou, caso necessário.
As restrições podem retirar uma fatia relevante da oferta global de petróleo, reduzindo os temores de um cenário de excesso de produção que vinham pressionando o mercado nas últimas semanas.
A decisão representa uma inflexão na postura de Trump em relação à Rússia, já que, até agora, ele não havia imposto sanções diretas durante o segundo mandato. No início do ano, o presidente tentou pressionar Índia e China, principais compradores do petróleo russo, e chegou a aplicar tarifas pesadas sobre Nova Délhi por manter suas importações.
Analistas avaliam que novas sanções contra Moscou ou seus parceiros comerciais podem sustentar os preços do barril. Relatórios recentes apontam que a Índia estaria considerando reduzir suas compras de petróleo russo e diversificar suas fontes de fornecimento.
Paralelamente, a União Europeia também anunciou um novo pacote de sanções, atingindo a chamada “frota paralela” de petroleiros russos e proibindo todas as importações de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.
Estoques americanos em queda reforçam tendência de alta
O petróleo consolidou a recuperação das mínimas de cinco meses após dados mostrarem uma queda inesperada nos estoques dos EUA na semana encerrada em 17 de outubro.
Os estoques recuaram 960 mil barris, contrariando a expectativa de aumento de 2,2 milhões de barris. A redução nas reservas de gasolina e destilados também ajudou a melhorar o sentimento em torno da demanda no maior consumidor de combustíveis do mundo.
Agora, os mercados aguardam os próximos dados de inflação ao consumidor de setembro, que serão divulgados na sexta-feira, buscando sinais sobre o ritmo da economia americana.
Nas últimas semanas, preocupações com o enfraquecimento da atividade nos EUA e com a demanda global por energia vinham atuando como um dos principais fatores de pressão sobre os preços do petróleo.