LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo Brent subiam nesta terça-feira para perto de 50 dólares por barril impulsionados pela greve de trabalhadores da Petrobras (SA:PETR4) no Brasil, o nono maior produtor global da commodity.
Segundo o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, nas primeiras 24 horas, a greve fez com que a Petrobras deixasse de produzir 500 mil barris de petróleo, sendo 450 mil na Bacia de Campos.
O petróleo Brent subia 1,15 dólar, ou 2,36 por cento, a 49,94 dólares por barril, às 14:19 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 1,25 dólar, ou 2,71 por cento, a 47,39 dólares por barril.
Mais cedo, o Brent atingiu mínima de 48,46 dólares e o petróleo nos EUA caiu a 45,96 dólares.
Os ganhos do Brent eram limitados pela notícia de que a produção russa atingiu um pico da era pós-soviética e por uma previsão ruim para a demanda chinesa.
O analista chefe de commodities da SEB, Bjarne Schieldrop, em Oslo, disse que a ausência de novas notícias negativas também reacendeu um pouco o interesse de compra.
"Há tantas pessoas com visões altistas por aí, de que o petróleo vai sair do fundo e subir e de que a produção de países de fora da Opep vai cair, que alguns estão encontrando desculpas para comprar", disse ele, referindo-se a países não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
(Por Simon Falush)