Por Jessica Resnick-Ault
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo foram negociados abaixo das recentes máximas de cinco meses nesta quinta-feira, terminando em queda uma sessão na qual o sentimento baixista com a demanda por combustíveis ofuscou o otimismo com cortes de oferta no Iraque.
Segundo o analista sênior do Price Futures Group em Chicago, Phil Flynn, prosseguem as preocupações de que a demanda seja deprimida pela desaceleração econômica em meio à pandemia de coronavírus.
"Todo mundo está esperando que o pacote de alívio do coronavírus (nos Estados Unidos) saia, para dar um impulso à economia", afirmou Flynn.
O petróleo Brent fechou em queda de 0,08 dólar, a 45,09 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 0,24 dólar, para 41,95 dólares o barril, após quatro dias consecutivos de ganhos.
No início da sessão, os contratos chegaram a ser impulsionados pelos cortes de oferta que o Iraque planeja realizar.
O país do Oriente Médio disse que promoverá um corte adicional de cerca de 400 mil barris por dia à sua produção em agosto, para compensar pelo excedente produzido durante um acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para redução da oferta da commodity.
Ambos os valores de referência haviam atingido o maior nível desde 6 de março na véspera, depois de o governo dos EUA anunciar uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo do país.
(Reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne, Seng Li Peng em Cingapura e Shadia Nasralla em Londres)