SÃO PAULO (Reuters) - A produção das fábricas de celulose do Brasil recuou 4,2 por cento em setembro sobre o mesmo período do ano passado, para 1,582 milhão de toneladas, com as exportações do insumo recuando 0,6 por cento, informou nesta quarta-feira a associação que representa o setor, Ibá.
Na comparação com agosto, a produção de setembro subiu cerca de 2,72 por cento, segundo os dados da Indústria Brasileira de Árvore (Ibá).
Na véspera, o presidente-executivo da Fibria (SA:FIBR3), maior empresa do setor, afirmou que a empresa reduziu capacidade de produção de sua fábrica em Aracruz (ES) para o quarto trimestre, algo que também vai se repetir ao longo de 2018, por conta de custos de captação de madeira para a unidade.
Segundo o Ibá, no acumulado de 2017 até o final de setembro, a produção de celulose tem alta de 2,7 por cento sobre um ano antes, para 14,3 milhões de toneladas. As exportações têm avanço de 4,2 por cento, para 10 milhões de toneladas.
Já a produção de papel subiu 3,4 por cento em setembro sobre um ano antes, para 893 mil toneladas. O insumo voltado para embalagem teve produção praticamente estável, com oscilação positiva de 0,9 por cento, e o direcionado para imprimir e escrever teve crescimento 4,3 por cento.
As vendas de papel no Brasil subiram 0,8 por cento em setembro, para 476 mil toneladas, enquanto a exportações recuaram 6,6 por cento, a 169 mil toneladas.
O Ibá informou ainda que as vendas domésticas de painéis de madeira, insumo usado na construção civil, tiveram alta de 9 por cento em setembro sobre um ano antes, para 547 mil toneladas. As exportações do produto cresceram 7,8 por cento, para 97 mil toneladas.
(Por Alberto Alerigi Jr.)