Seca e calor geram apreensão para 2ª safra de milho de MS, diz EarthDaily Agro

Publicado 28.02.2025, 14:39
Atualizado 28.02.2025, 14:40
© Reuters. Milhon28/09/2020nREUTERS/Carlos Garcia Rawlins

SÃO PAULO (Reuters) - O Mato Grosso do Sul lida atualmente com a menor chuva acumulada para um primeiro bimestre em 20 anos, o que traz preocupações para a segunda safra de milho, avaliou nesta sexta-feira a EarthDaily Agro, empresa especializada no monitoramento de áreas agrícolas com uso de dados de satélite.

O Estado, terceiro produtor de milho na segunda safra do Brasil, tem uma colheita estimada em 11,8 milhões de toneladas, segundo previsão do início do mês da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta 96 milhões de toneladas para todo o país.

O clima seco e quente que tem predominado já impactou a produtividade da soja que está sendo colhida em Mato Grosso do Sul, lembrou a EarthDaily Agro, em relatório antecipado à Reuters.

"A seca explica a produtividade abaixo do esperado para as lavouras de soja no Estado e atenção para o início do ciclo do milho", disse analista de cultura da EarthDaily Agro, Felippe Reis.

A avaliação foi feita em momento em que uma "intensa onda de calor" está se intensificando em quase todo o Brasil e deverá elevar as temperaturas em até 7°C acima da média histórica, segundo a EarthDaily Agro.

No Rio Grande do Sul, os termômetros podem ultrapassar os 40°C, "aumentando o estresse térmico das lavouras e acelerando a evapotranspiração, o que reduz ainda mais a umidade do solo". O Estado gaúcho, que já teve sua safra de soja afetada, também precisaria de umidade, já que tem boa parte das áreas se desenvolvendo nos campos.

O analista ressaltou que em outras regiões do Centro-Oeste e do Sul do país, apesar das chuvas registradas recentemente, os volumes permaneceram abaixo da média, favorecendo o desenvolvimento dos trabalhos de colheita da soja e de plantio do milho.

"Em Goiás e Minas Gerais, a seca deve persistir até meados de março sem impactos imediatos, mas com risco potencial caso o déficit hídrico se prolongue", alertou a empresa de monitoramento agrícola.

Para as próximas semanas, a tendência é de que a baixa umidade continue predominando em grande parte do Brasil, com poucas áreas recebendo chuvas acima da média, acrescentou.

A EarthDaily Agro notou que as previsões climáticas divergem para o Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil.

"Enquanto o modelo europeu (ECMWF) indica chuvas acima da média no oeste do Estado, o modelo americano (GFS) prevê baixa precipitação", afirmou.

No Paraná, condição climática favorecerá as operações de campo, permitindo o avanço da colheita das lavouras de verão e o plantio do milho segunda safra, acrescentou o relatório.

(Por Roberto Samora)

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