Petróleo se recupera após Trump moderar postura sobre tarifas à China
Investing.com – Os preços do petróleo registraram alta na manhã desta segunda-feira, revertendo parte das perdas expressivas da sexta-feira, após o presidente dos EUA, Donald Trump, tentar reduzir as apreensões dos investidores quanto à escalada das disputas comerciais com a China.
Às 7h40 de Brasília, os contratos futuros do Petróleo Brent com vencimento em dezembro avançavam 1,7%, cotados a US$ 63,78 por barril, enquanto os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) subiam 1,8%, para US$ 59,95 por barril.
Na sessão anterior, ambos os referenciais haviam recuado quase 4%, atingindo o menor nível em cinco meses, após Trump anunciar a intenção de impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos importados da China, o que intensificou as preocupações com a desaceleração da demanda global por energia.
Trump sinaliza trégua parcial nas tensões comerciais
Durante o fim de semana, Trump adotou um tom mais conciliador, ao afirmar na rede Truth Social: “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem”, comentário que ajudou a restaurar parte da confiança dos mercados e estimulou o apetite por ativos de risco.
Ele acrescentou que “os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la”, sugerindo que as negociações bilaterais podem prosseguir. As declarações favoreceram uma leve recuperação nas commodities, depois das perdas registradas na semana anterior.
Excesso de oferta segue limitando o fôlego dos preços
Um cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado por Trump, reduziu as tensões geopolíticas no Oriente Médio, o que exerceu pressão adicional sobre as cotações do petróleo.
Ainda assim, o humor do mercado permaneceu cauteloso, diante da expectativa de aumento da produção global. A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) revisou para cima sua projeção de oferta para 2025, estimando um recorde de 13,53 milhões de barris diários, reflexo da expansão contínua do setor de xisto.
Paralelamente, a Opep+ segue com o plano de ampliar gradualmente a produção. O grupo de países produtores decidiu, no início de outubro, elevar a oferta em cerca de 137 mil barris por dia em novembro, a menor das alternativas discutidas, em tentativa de preservar o equilíbrio do mercado e conter o risco de acúmulo de estoques.