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Investing.com - A alta do ouro tem mais espaço para continuar, acreditam estrategistas de mercado, mesmo após o metal ter atingido sua meta de US$ 4.000 por onça.
O Bank of America agora prevê que o metal precioso subirá para US$ 5.000/onça no próximo ano, com um preço médio de US$ 4.400. Os estrategistas do banco associam a próxima fase de alta ao renovado apetite dos investidores.
"Olhando para 2026, um aumento de 14% na demanda de investimento – semelhante ao que vimos este ano – poderia elevar o ouro para US$ 5.000/onça", escreveu uma equipe liderada por Michael Widmer em uma nota.
Um movimento mais agressivo para US$ 6.000 exigiria um salto de 28% nos fluxos de investimento, enquanto a nota também descreve um cenário "otimista" de US$ 8.000/onça, que necessitaria de um aumento de 55% nas compras de ouro — um patamar que o BofA considera difícil de alcançar no curto prazo.
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) já demonstraram um impulso extraordinário. O BofA destaca que os fluxos de entrada em ETFs aumentaram 880% em comparação anual em setembro, atingindo um recorde de US$ 14 bilhões. As participações totais em ouro físico e papel subiram acima de 5% do valor dos mercados globais de ações e renda fixa, quase dobrando sua participação anterior.
Os estrategistas alertam que após tal avanço, "os mercados poderiam se consolidar no curto prazo", especialmente porque o posicionamento parece esticado.
Uma combinação de dinâmicas fiscais e monetárias continua a sustentar o cenário otimista. O BofA cita o "modelo político não ortodoxo" da Casa Branca, marcado por déficits fiscais, níveis crescentes de dívida, um esforço para reduzir o déficit em conta corrente e afrouxar a política mesmo com a inflação em torno de 3%.
Esse ambiente, na visão dos estrategistas, mantém o ouro atraente tanto como proteção quanto como ferramenta de diversificação de reservas para bancos centrais e investidores de varejo.
Ainda assim, a equipe aponta vários riscos que poderiam interromper a alta. Entre eles estão uma possível decisão da Suprema Corte sobre as tarifas do presidente Trump, a possibilidade de uma mudança hawkish pelo Federal Reserve se os dados econômicos melhorarem, e o resultado das eleições de meio de mandato nos EUA no próximo ano, que pode influenciar a facilidade com que o governo poderá implementar sua agenda econômica.
Sobre a prata, o BofA afirma que o mercado permanece em déficit, apesar de esperar uma queda de 11% na demanda no próximo ano, à medida que os fabricantes de painéis solares reduzem o uso de prata por painel.
"Uma queda de 11% na demanda total de prata no próximo ano não será suficiente para empurrar o mercado para um superávit, mas os déficits devem cair mais da metade", escrevem os estrategistas.
Eles observam que a oferta permanece apertada e que, mesmo com um déficit menor, o metal branco ainda poderia avançar em direção a US$ 65/onça em 2026, apoiado pela demanda contínua dos investidores e pelas deslocações persistentes no mercado físico.
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