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UE fecha acordo sobre lei que impede importação de bens ligados a desmatamento

Publicado 06.12.2022, 08:27
Atualizado 06.12.2022, 21:00
© Reuters. Vista aérea de área desmatada da floresta amazônia em Mato Grosso
28/07/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

Por Kate Abnett e Jake Spring

BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia concordou nesta terça-feira com uma nova lei para impedir que empresas vendam para o mercado da UE commodities ligadas ao desmatamento em todo o mundo, o que poderia atingir o comércio de carne bovina, soja e café.

A lei exigirá que as empresas apresentem uma declaração de diligência mostrando que suas cadeias de suprimentos não estão contribuindo para a destruição de florestas antes de venderem mercadorias para a UE --ou poderão enfrentar multas pesadas.

"Espero que esta regulamentação inovadora dê impulso à proteção das florestas em todo o mundo e inspire outros países", disse o principal negociador do Parlamento Europeu, Christophe Hansen.

O desmatamento é uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa que impulsionam a mudança climática e estará em foco em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre biodiversidade nesta semana, na qual países buscarão um acordo global para proteger a natureza.

Negociadores de países da UE e o Parlamento Europeu fecharam o acordo sobre a lei nesta terça-feira.

Ela se aplicará à soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café, e a alguns produtos derivados, incluindo couro, chocolate e móveis. Borracha, carvão e alguns derivados de óleo de palma foram incluídos a pedido dos parlamentares da UE.

As empresas precisarão mostrar quando e onde as commodities foram produzidas e informações "verificáveis" de que não foram cultivadas em terras desmatadas após 2020.

O não cumprimento pode resultar em multas de até 4% do faturamento de uma empresa em um Estado-membro da UE.

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Países afetados pelas novas regras, incluindo Brasil, Indonésia e Colômbia, dizem que elas são onerosas e caras. A certificação de fornecimento também é difícil de monitorar, especialmente porque algumas cadeias podem abranger vários países.

No Brasil, o país responsável pelo maior desmatamento, alguns defensores do meio ambiente elogiaram a lei, mas também disseram que ela não foi longe o suficiente. A lei não estendeu a proteção como era esperado a "outras terras arborizadas", mas não são florestas densas e fechadas.

Isso significa que 600 mil quilômetros quadrados do Cerrado --a fronteira de expansão agrícola que mais cresce no Brasil-- não estariam sujeitos à lei, de acordo com o Instituto Cerrados, sem fins lucrativos. Essa é uma área quase tão grande quanto a Ucrânia.

"A União Europeia acha adequado consumir produtos vinculados à perda da savana mais biodiversa do mundo? Isso não parece inteligente", disse Yuri Salmona, diretor do Instituto Cerrados.

A UE disse em um comunicado que verificará se deve adicionar proteções para "outras terras arborizadas" em um ano e outros ecossistemas críticos em dois anos.

Grupos de brasileiros e europeus também criticaram sua exigência de que as empresas provem que respeitam os direitos dos povos indígenas --mas apenas se esses direitos já estiverem legalmente protegidos no país produtor.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil respondeu referindo-se a uma declaração anterior de que estava preocupado que a proteção ambiental pudesse ser usada como pretexto para a imposição unilateral de restrições discriminatórias ao comércio. A pasta afirmou que aguarda a publicação do texto integral da lei para uma análise mais aprofundada.

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A associação de exportadores de café do país, Cecafé, disse respeitar as preocupações ambientais globais, mas teme que o progresso da indústria em direção à produção sustentável não esteja sendo devidamente reconhecido.

Os países da UE e o Parlamento Europeu precisam agora aprovar formalmente a legislação. A lei pode entrar em vigor 20 dias depois, após os quais as grandes empresas têm 18 meses para se adequar e as pequenas empresas 24 meses.

Os países membros da UE serão obrigados a realizar verificações de conformidade abrangendo 9% das empresas que exportam de países com alto risco de desmatamento, 3% de países de risco padrão e 1% de países de baixo risco.

A UE disse que trabalharia com os países afetados para aumentar sua capacidade de implementar as regras.

(Reportagem de Kate Abnett em Bruxelas e Jake Spring em São Paulo; reportagem adicional de Roberto Samora e Ana Mano)

Últimos comentários

Nao precisamos vender para a europa nao representar quase nada da nossa exportação
Mas e as areas deles que foi tudo desmatado! E eles tem que parar de roubar nossos florestar desfaçado com esse ONGs Bande de VGBD
Europa tem que parar de roubar os ipês da Amazônia isso sim.
Estão dando um tiro no próprio pé! Com essa política globalista a Europa está quebrada e vai demorar a se recuperar. Esses representantes da UE são muito ruins em suas decisões! O mundo precisa é reaquecer o mercado global e não restringir novos negócios ou deixar de fortalecer os já existentes acordos comerciais! O mundo ainda não se recuperou da pandemia e estão querendo restrição! Muito burros!
Evidentemente que os eua são os mais beneficiados - de novo! - pelas restrições.Rússia não tem mais tanto interesse na europa, haja vista que o futuro está na Asia.
A Europa é realmente uma aberração: a França explora colônias pelo África e outros continentes, a Alemanha e outros europeus tem como base energética a queima de carvão. Comparado ao Brasil sua matriz energética polui 10 vezes mais. Já sofrem com dificuldade de obter energia dos russos, e agora dobram a aposta com seus fornecedores de alimentos. Estão querendo o que? Morrer de fome? E essa ONG Cerrados? Querem mais é quebrar o agronegócio brasileiro. É só avaliarem seus financiadores e saberão quais são seus reais interesses.
Fiquem tranquilos pessoal o Lula tá chegando pra salvar as mazelas do Brasil com MST, e Índios canhoteiros.
SERÁ QUE ELES VÃO SE COLOCAR CONTRA A EXTRAÇÃO DE OURO E OUTROS MINÉRIOS DA AMAZÔNIA?
deveríamos exigir isso deles também antes de importamos vinhos, queijos e azeites.
Tem que impedir que os países que aderirem a estas novas leis possuam negócios, fábricas, escritórios de representação, etc, aqui no Brasil !! Já que eles querem endurecer a guerra econômica vamos  também fazer como a Rússia  >>>>>  parar de ter relações econômicas e comerciais e industriais  com eles !!!
A agenda progressista é de uma ignorância tão grande que mesmo estando passando dificuldade energética por causa de mimimi ecologico, ainda aprovam mais leis pra prejudicar a vida da população com essa desculpa. Novamente querendo cagar regra para os outros sendo que so se desenvolveram explorando os recursos naturais da europa e das colonias... vamos ver como vai ser o inverno de lá, nesse ano...
Deixem a Uniao Europeia progressista MORRER de fome e frio, pois em algum momento eles irao querer comprar essa materias primas e ai os precos estarao ALTOS gerando MAIS inflacao para a Europa. Me parece que a Uniao Europeia que NAO é uma democracia, quer fazer seu povo SOFRER tudo em nome da FALACIA da "mudanca climatica".
dane-se a UE..eles q comam grilo frito.
As pessoas da UE vão pagar mais caro pelos alimentos e haverá escassez, simples assim!
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