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Investing.com — Os preços do petróleo Brent vêm em trajetória de queda desde que atingiram US$ 128 por barril em 2022 e podem enfrentar novas pressões baixistas em 2025 e no próximo ano, segundo analistas do Bank of America (NYSE:BAC).
Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o banco estimou que o benchmark internacional, inclusive para a Petrobras (BVMF:PETR4), deve apresentar uma média de aproximadamente US$ 75 por barril este ano e US$ 73 em 2026. A instituição destacou que as incertezas envolvendo geopolítica, comércio e oferta tendem a "influenciar o equilíbrio dos preços para baixo."
Nos últimos meses, os traders têm monitorado diversos fatores com potencial para impactar o mercado de petróleo.
As sanções aplicadas às exportações de petróleo da Rússia têm sustentado os preços do Brent, embora as conversas da semana passada entre autoridades de Moscou e dos Estados Unidos sobre o fim da guerra na Ucrânia tenham aumentado as apostas de uma possível suspensão dessas restrições. Caso isso ocorra, o mercado global pode receber um aumento expressivo na oferta de petróleo, pressionando os preços para baixo.
Ao mesmo tempo, os efeitos imediatos da intenção do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas generalizadas tanto a países aliados quanto adversários ainda são incertos. No entanto, alguns analistas especulam que essa política pode prejudicar a demanda global.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, incluindo a Rússia — grupo conhecido como Opep+ —, estuda a possibilidade de adiar os aumentos de oferta programados para abril, apesar das pressões de Trump para reduzir os preços. Anteriormente, o grupo havia estendido o cronograma de incremento da produção até o primeiro trimestre de 2025.
Por outro lado, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou que a Opep+ não considera adiar esses aumentos.
Atualmente, a Opep+ realiza cortes de 5,85 milhões de barris por dia, representando cerca de 5,7% da oferta global, com o objetivo de manter os estoques baixos e garantir um piso de preços em torno de US$ 70/bbl, segundo o BofA. O aumento de produção previsto para abril reduziria esses cortes em 2,2 milhões de barris por dia, com acréscimos mensais de 138 mil bpd, conforme reportado pela Reuters.
No médio prazo, os analistas do BofA projetam que o Brent deve oscilar entre US$ 60/bbl e US$ 80/bbl até 2030, permitindo que o mercado mantenha um equilíbrio sustentável.
O consumo global de petróleo deve atingir, em média, 1,1 milhão de barris por dia nos próximos dois anos, abaixo dos 2,3 milhões de bpd registrados em 2023. Após esse período, a demanda deve seguir um ritmo de crescimento mais lento, sobretudo devido à maior adoção de veículos elétricos, o que tende a reduzir o uso de combustíveis, conforme previsão do BofA.
Ainda assim, os analistas alertaram que fatores como uma desaceleração expressiva nas vendas de veículos elétricos, o agravamento das tensões geopolíticas e atrasos em projetos de perfuração em águas profundas poderiam pressionar os preços para cima.
Por outro lado, possíveis quedas nos preços do Brent podem decorrer de um período de baixa atividade econômica global, volumes mais elevados de produção da Opep+ e ganhos inesperados na produtividade do xisto dos Estados Unidos, segundo os analistas.
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