BRASÍLIA (Reuters) - O relator no Senado do projeto de lei que reverte parte da política de desoneração da folha de pagamento, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reiterou nesta quarta-feira que vai manter o texto aprovado na Câmara dos Deputados, inclusive sem emendas, apesar de pedido feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"O ministro Levy ligou agora para o vice-presidente (Michel Temer) e pediu emendas de redação... com todo o respeito, não vou fazer emendas de redação apenas para dar oportunidade para o veto", afirmou o senador, após participar de reunião com Temer e lideranças da base no Senado.
"Se houver entendimento até a hora da votação para ampliar ou achar alternativas que beneficiem os setores, estou aberto. Para prejudicar os setores mais do que já estão, ninguém conte comigo para isso", acrescentou o senador, ressaltando que se fizer mudanças seria por meio de emenda de mérito, o que levaria o projeto de volta à Câmara.
Mais cedo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), falou sobre a possibilidade de se articular com a equipe econômica a edição de uma nova medida provisória para incluir outros setores, como o transporte coletivo urbano.
Se o relatório de Eunício for aprovado no plenário sem alterações, a proposta vai diretamente à sanção da presidente Dilma Rousseff. Se a proposta for alterada pelos senadores, a matéria, uma das medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo, terá de voltar à Câmara.
(Por Leonardo Goy)