Por Richard Lough
PARIS (Reuters) - A França enviará milhares de policiais para a região de Paris nesta sexta-feira e no fim de semana e estabelecerá postos de controle nas principais estradas que levam à capital para manter os motoristas do "Comboio da Liberdade" afastados, afirmou a força policial da cidade.
Apesar de uma ordem para não entrar em Paris, os motoristas que protestam contra as restrições da Covid-19 estão convergindo para cidades francesas, inspirados pelas manifestações que ocorrem no Canadá.
Os protestos franceses do "Comboio da Liberdade", no entanto, mostram sinais de união de um grupo díspar contra o presidente Emmanuel Macron a dois meses da eleição presidencial de abril, com remanescentes do movimento antigovernamental "Colete Amarelo" de 2018 a 2019 e alguns políticos de extrema-direita por trás dos motoristas.
"Estamos andando em círculos há três anos. Vimos os canadenses e dissemos a nós mesmos: 'É incrível o que eles estão fazendo'. Em oito dias, bum, algo foi desencadeado", disse o aposentado Jean-Marie Azais, que partiu do sudoeste para Paris.
O protesto dos motoristas segue ondas de manifestações contra as regras do passaporte de vacina na França --que exigem que as pessoas mostrem prova de vacinação contra a Covid para entrar em bares, restaurantes, cinemas e outros espaços públicos.