👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Demanda por transporte rodoviário no país cai quase 40% por coronavírus, diz pesquisa

Publicado 07.04.2020, 14:23
Atualizado 07.04.2020, 15:15
© Reuters. Caminhões transitam pelo Porto de Santos (SP)
ZS
-

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A queda na demanda por transporte rodoviário de cargas no Brasil se acentuou na última semana, com redução de quase 40% comparada ao movimento de antes das medidas contra o coronavírus, em meio ao impacto do fechamento de fábricas e comércios sobre as transportadoras, segundo pesquisa da associação de empresas NTC&Logística, divulgada nesta terça-feira.

O levantamento, com cerca de 600 transportadoras, indicou baixa de 38,7% na demanda por transporte rodoviário entre os dias 30 de março e 5 de abril, ante redução de 26,9% aferida na pesquisa da semana anterior.

"Até a semana passada, tinha muita coisa vendida, muita carga em movimento ainda, as paradas das empresas agora estão chegando, agora realmente está parado. O caminhão não carregou, vai ter que parar o caminhão mesmo", disse o responsável pela pesquisa da NTC, Lauro Valdivia, por telefone.

A pesquisa da NTC indicou queda de 40,16% na demanda por transporte de cargas fracionadas, que atendem distribuidores, lojas de rua e shoppings, versus redução de 30,9% na semana anterior.

Apontou ainda baixa de 39,2% em cargas lotação (caminhão fechado com um só produto), com impacto de menor demanda do comércio, indústrias, entre outros setores, versus recuo de 23,2% registrados no levantamento da semana anterior.

"Essa queda maior já era esperada. Não sei se esse patamar vai se manter, é capaz de subir mais ainda. É consequência de tudo o que foi fechado, da paralisação das cidades que está acontecendo, cada vez mais empresas estão em férias coletivas", afirmou Valdivia.

De acordo com a sondagem, a demanda por transporte do segmento do agronegócio teve queda de 14,2%, ante baixa de 12,4% na semana anterior.

Mas o especialista ponderou que o agronegócio está sentindo menos, já que o setor está transportando uma safra recorde de soja para os portos, e a demanda externa segue firme.

"Pode ser que um segmento ou outro do agronegócio que esteja sofrendo, mas os grãos respondem por 90% do agronegócio", disse ele, observando que não tem visto problemas para o transporte da soja, por exemplo.

O levantamento da NTC indica recuo de 46,6% na demanda por transporte de produtos vendidos por lojistas, ante queda de 75% na semana anterior; e redução de 24,55% da demanda por mercadorias transportadas para supermercados, segmento este que havia visto uma singular alta de 23% na semana anterior.

"São poucas as transportadoras que só fazem supermercados, elas entregam vários produtos. O que pode estar acontecendo é que as pessoas estocaram muita coisa na primeira e segunda semanas, e agora deu uma caída. Mas tem que esperar para ver como estão as vendas de supermercados", comentou.

MEDIDAS

Segundo o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, o setor nunca enfrentou uma crise como esta.

"É uma situação difícil, porque precisamos nos isolar para viver e, ao mesmo tempo, ter recursos para sobreviver... Sabemos que é difícil não sermos atingidos por essa crise, mas temos que continuar, dentro das possibilidades, abastecendo o país", declarou em nota.

A NTC disse que vem trabalhando em conjunto com todas as entidades parceiras para cobrar do governo medidas que ajudem o setor de transporte de cargas neste momento.

© Reuters. Caminhões transitam pelo Porto de Santos (SP)

Entre as medidas, o setor quer a prorrogação de convenções coletivas de trabalho, com o objetivo de manter empregos, e melhores condições para adquirir créditos e negociar dívidas.

(Por Roberto Samora)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.