Por David Lawder e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - Os principais democratas do Congresso dos Estados Unidos e negociadores da Casa Branca disseram na segunda-feira que houve progresso nas negociações sobre um novo projeto de auxílio em resposta ao coronavírus, embora o governo tenha dito que o presidente Donald Trump poderia agir sozinho se um acordo não for alcançado.
Uma questão importante é o que fazer com o aumento do auxílio-desemprego extraordinário de 600 dólares por semana -- um resgate vital para dezenas de milhões de norte-americanos que ficaram desempregados durante a pandemia -- que expirou na sexta-feira.
"Estamos fazendo algum progresso em certas questões, aproximando-nos juntos", disse o líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, a repórteres após as negociações de segunda-feira. "Há muitas questões que ainda estão pendentes. Mas acho que há um desejo de fazer algo o mais rápido possível."
Schumer; a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi; o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin; e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, passaram cerca de duas horas conversando no Capitólio. Mnuchin relatou "um pouco de progresso" nas negociações.
"Estamos abertos a um pacote maior se conseguirmos um acordo", disse Mnuchin a repórteres. Mas Meadows mais tarde descartou essa ideia.
Trump disse em uma entrevista coletiva na noite de segunda-feira que o governo estava tendo "uma discussão muito boa" com Pelosi e Schumer, mas o problema era que eles queriam incluir resgates para cidades e Estados liderados pelos democratas para resolver problemas não relacionados à pandemia.
"Eles querem um trilhão de dólares por isso. Não achamos justo", afirmou
Democratas e republicanos do Congresso continuam distantes em relação aos próximos passos, com os democratas apoiando um plano de 3 trilhões de dólares que passou na Câmara em maio e os republicanos levantando preocupações sobre sua própria proposta de 1 trilhão de dólares apresentada pelo líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, na semana passada.