Por Manas Mishra e Swati Bhat
MUMBAI, (Reuters) - A Índia relatou seu menor aumento diário em infecções por coronavírus em quase três semanas neste sábado, com mortes ainda perto da marca de 4 mil por dia, mas autoridades federais de saúde disseram que os casos e fatalidades estão se estabilizando rapidamente nesta onda da pandemia.
A taxa geral de casos positivos por teste caiu para 19,8% nesta semana, de 21,9% na semana passada, disseram autoridades federais de saúde em um comunicado, mas alertaram que a cautela deve continuar.
Randeep Guleria, diretor do Hospital AIIMS em Delhi, alertou que infecções secundárias como mucormicose ou "fungo negro" estavam aumentando a taxa de mortalidade da Índia, com Estados relatando recentemente mais de 500 casos de Covid-19 em pacientes com diabetes.
No início do dia, o primeiro-ministro Narendra Modi disse às autoridades para se concentrarem na distribuição de recursos, incluindo suprimentos de oxigênio nas áreas rurais duramente atingidas, de acordo com um comunicado do governo.
Ele também pediu mais testes no vasto interior da Índia, que está testemunhando uma rápida disseminação do vírus, acrescentou a nota.
Nas últimas 24 horas, a Índia registrou 326.098 novas infecções pelo vírus, chegando a 24,37 milhões, com 3.890 mortes, para um número de 266.207, mostram dados do Ministério da Saúde. Mas o crescimento lento também pode refletir as taxas de teste que estão em seus níveis mais baixos desde 9 de maio.
Em Genebra, o chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que a Índia era uma grande preocupação, com o segundo ano da pandemia sendo mais mortal do que o primeiro.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, da OMS, falou em uma reunião online depois que Modi anunciou na sexta-feira a rápida propagação do Covid-19 pelo interior indiano.
Quatro mil concentradores de oxigênio apoiados pela OMS chegaram a Délhi neste sábado e serão levados às pressas para os Estados durante os próximos 2-3 dias para em resposta à Covid-19, afirmou Tedros no Twitter.
Durante a semana passada, o país do sul da Ásia adicionou cerca de 1,7 milhão de novos casos e mais de 20.000 mortes em uma segunda onda de infecções que sobrecarregou hospitais e equipes médicas.