Por Laura Sanicola
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, pressionados por um salto no número de novos casos de coronavírus nos Estados Unidos e na China e por preocupações a respeito da crescente produção norte-americana, em momento em que os estoques da commodity no país atingem máximas recordes.
Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram 0,03 dólar, a 40,91 dólares por barril, acumulando perda de 1% na semana, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) cederam 0,23 dólar, para 38,49 dólares o barril, e registraram baixa semanal de 1,6%.
Os ganhos do início da sessão, apoiados pelo otimismo com o aumento no tráfego de veículos --o que impulsiona a demanda por combustíveis--, foram devolvidos por temores de que a disparada nas infecções por coronavírus em Estados norte-americanos com grande consumo de gasolina possa estagnar a recuperação da demanda.
Califórnia, Texas e Flórida, três dos Estados mais populosos dos EUA, tiveram forte aumento no número de casos de Covid-19 --nesta sexta-feira, o governador do Texas, Greg Abbott, reverteu o plano de reabertura do Estado.
Isso pode afetar o aumento constante que era verificado na produção de refinarias, com as instalações norte-americanas de refino operando neste momento em quase 75% de suas capacidades, segundo dados do governo.
"Empregadores estão adiando o retorno de seus funcionários para os escritórios, e isso terá impacto na retomada da demanda por gasolina", disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates.
(Reportagem de Laura Sanicola em Nova York, com reportagem adicional de Shadia Nasralla em Londres, Aaron Sheldrick em Tóquio e Sonali Paul em Melbourne)