Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - A rede de cafeterias Juan Valdez, que fechou suas lojas na Colômbia e em outros 13 países devido às medidas adotadas para conter a expansão do coronavírus, admitiu que sofrerá um duro golpe financeiro em 2020, embora por enquanto não veja comprometimento ao negócio de vendas de café no médio prazo.
As lojas Juan Valdez foram criadas pela Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia em 2002 para oferecer produtos de valor agregado de café de alta qualidade, em um esquema similar ao da cadeia norte-americana Starbucks.
Atualmente, a empresa possui 322 lojas na Colômbia e 140 em outros 13 países, entre os quais se destacam Equador, Chile, Estados Unidos e Panamá. Todas estão fechadas em meio à emergência sanitária e às medidas adotadas por governos para frear a disseminação do coronavírus. Na Colômbia, apenas 12 unidades atendem a pedidos em domicílio.
"O golpe financeiro vai ser significativo, temos 100% de nossas receitas relacionadas às lojas que agora estão fechadas", disse Camila Escobar, presidente da Procafecol, empresa encarregada das lojas Juan Valdez, em entrevista por telefone à Reuters na terça-feira.
"Neste momento, a viabilidade do negócio não está em risco, esperamos poder atravessar essa crise difícil para uma empresa como a Juan Valdez, que vive principalmente da receita das lojas que não estão abertas", explicou. "Mas temos confiança de que com as medidas que estamos tomando, e com a contribuição de todos, vamos seguir em frente."
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