📢 Estratégia de IA ProPicks e veja o rali das Techs desacelerar. Subiu em julho 2x acima do S&P!Lista Completa

Saúde recua e desiste de prescrição médica para vacina da Covid-19 para crianças

Publicado 05.01.2022, 18:01
Atualizado 05.01.2022, 19:40
© Reuters. Profissional de saúde prepara dose de vacina contra Covid-19 para aplicação em Brasília
02/02/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
PFE
-

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) -O Ministério da Saúde desistiu de exigir prescrição médica por escrito para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, contrariando a vontade do presidente Jair Bolsonaro, mas o titular da pasta, Marcelo Queiroga, negou que tenha havido um recuo.

Apesar de aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 16 de dezembro, a vacina pediátrica da Pfizer (NYSE:PFE) contra a Covid-19 ainda não está sendo aplicada no Brasil, o que tem sido motivo de críticas de especialistas ao Ministério da Saúde.

A pasta só confirmou a inclusão da faixa etária de 5 a 11 anos no programa de vacinação nesta quarta, após realizar uma inédita consulta pública na véspera, mediante a pressão de Bolsonaro contra a vacinação das crianças. O presidente já disse, inclusive, que não vai permitir que sua filha Laura, de 11 anos, seja vacinada.

O governo não determinou ainda o dia em que vai começar a vacinação. A expectativa é que as primeiras doses cheguem ao país em 13 de janeiro, com distribuição no dia seguinte aos Estados e municípios.

No final do mês passado, Queiroga criticou prefeitos e governadores que haviam se posicionado contrariamente à exigência de prescrição médica para a vacinação de crianças, dizendo que eles não são médicos e estariam interferindo em atribuições de secretárias de Saúde.

Em entrevista coletiva nesta quarta em que se confirmou a imunização das crianças, no entanto, o ministro negou que tenha havido um recuo.

"Em relação à prescrição foi colocada em consulta pública e alguns disseram que era tolice, eu ouvi. Quem disse que é tolice não está afeito ao processo democrático. Nós ouvimos a sociedade, os especialistas na audiência pública, todos viram", disse.

"Inclusive o posicionamento do Conselho Federal de Medicina... disse claramente: competia ao médico a contraindicação ou a indicação da comorbidade. Então, não é recuo, isso não é recuo, isso faz parte do processo decisório, foi feito uma recomendação", acrescentou.

Mesmo com a dispensa da autorização por escrito, a pasta orientou aos pais que procurem uma recomendação prévia de um médico antes de vacinar os filhos, apesar de a Anvisa ter assegurado a eficácia e segurança do imunizante para crianças, assim como agências sanitárias de outros países.

Durante a coletiva, a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite, chegou a dizer que essa medida é "imprescindível".

"Nós temos alguns efeitos adversos, temos, embora eles sejam raros, mas nesse público o cuidado tem que ser muito maior. Que os pais e responsáveis estejam presentes manifestando sua concordância com a vacinação. Em caso de ausência desses pais e responsáveis, a vacinação deverá ser autorizada por um termo de assentimento por escrito", disse.

PRIMEIRAS DOSES

A pasta informou que o Brasil deve receber 3,7 milhões de doses de vacina pediátrica da Pfizer contra Covid-19 até fim de janeiro, e que já encomendou ao todo 20 milhões de doses para uso no primeiro trimestre.

© Reuters. Profissional de saúde prepara dose de vacina contra Covid-19 para aplicação em Brasília
02/02/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino

O ministro e outras autoridades da pasta disseram que o governo já estava em tratativas com a Pfizer para adequar contrato exclusivo para doses adultas e readequá-lo para garantir doses pediátricas.

O secretário em Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, citou na entrevista que Covid foi a terceira causa de mortes para as crianças de 5 a 11 anos em 2020 e a segunda, no ano passado.

(Edição de Pedro Fonseca)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.