Recentemente, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) anunciou o relaxamento da sua meta de inflação.
Com a medida, as autoridades estadunidenses esperam estimular o consumo, mesmo que a inflação suba em decorrência do evento.
Além dos EUA, a União Europeia pode contribuir para a ciranda inflacionária. Por lá, o Banco Central (ECB) decidiu manter a política monetária atual de juros negativos e refinanciamento a taxa zero.
União Europeia pode favorecer inflação
Atualmente, os juros sobre depósitos estão colocados em -0,5% na União Europeia. Isso significa que o dinheiro guardado acaba perdendo valor, ao contrário do que costuma acontecer com a poupança.
A medida é uma tentativa clara de incentivar os moradores da zona do euro a consumir, em vez de poupar.
Além disso, outra medida que foi mantida pelos dirigentes do ECB foi a taxa de refinanciamento em 0%.
Assim, os moradores e as empresas localizadas na Europa são incentivadas a emprestar dinheiro, já que não precisam pagar juros pela operação.
Ambas as ações colocadas em prática pelo Banco Central da União Europeia incentivam o aumento da inflação.
Na prática, os economistas acreditam que os empréstimos e o consumo vão girar a roda da economia, que está sendo afetada pela pandemia do novo coronavírus.
Ademais, os governantes da União Europeia estão comprando ativos no mercado em um valor equivalente a R$ 8,48 trilhões.
O estímulo europeu, por si só, é superior ao PIB brasileiro de 2019, que foi de R$ 7,3 trilhões.
Aumento da inflação favorece o Bitcoin
Caso a história se repita, o aumento da inflação culmina no aumento do preço do Bitcoin e outros ativos.
Dessa forma, com mais dinheiro circulando na praça, parte do capital escoa para o mercado de investimentos.
Logo, tanto os ativos tradicionais quanto as criptomoedas acabam valorizando como consequência do fenômeno.
No cenário atual de recessão econômica provocada pelo COVID-19, o incentivo dos governos para o aquecimento da economia é aceito por boa parte dos economistas.
Contudo, vários especialistas e investidores, como Fernando Ulrich, criticam a injeção de liquidez excessiva no mercado.
Em uma série de publicações no Twitter, Ulrich vem criticando a atuação do Bacen em relação ao aumento da inflação e a desvalorização do real no Brasil.