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Bitcoin recua 17% desde a máxima e pode testar US$ 60.000 pós-decisão do Fed

Publicado 20.03.2024, 14:04
© Reuters
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Investing.com - O Bitcoin vem registrando uma forte correção nos últimos dias, acumulando uma queda de 3,29% em 24 horas e de 15% na última semana.

Após atingir um pico histórico de US$73.650 em 14 de março, a criptomoeda líder chegou a ser negociada perto de US$61.000, uma desvalorização superior a 17%.

A correção do bitcoin teve início na última quinta-feira, logo após atingir um novo recorde. A princípio, a queda foi atribuída à realização de lucros por parte dos investidores, mas ganhou força com a divulgação de dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos, que superaram as expectativas e alimentaram especulações sobre uma possível postura mais restritiva do Federal Reserve (Fed).

O movimento de baixa foi exacerbado por “long squeezes” (corrida para fechar posições compradas), resultando em chamadas de margem sequenciais em um mercado caracterizado por alta alavancagem.Bitcoin - gráfico diário

Confira: Conheça as criptomoedas mais promissoras do mercado

É importante notar que, embora a semana anterior tenha registrado entradas recordes de recursos, observa-se uma diminuição nos fluxos para os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin, contribuindo para a pressão vendedora sobre a moeda digital.

Neste momento, os investidores de criptomoedas voltam suas atenções para a reunião do Fed desta quarta-feira. Embora se espere a manutenção da política monetária atual, o mercado aguarda sinais das futuras ações do banco central.

Caso as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e as projeções do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) indiquem uma probabilidade menor que 50% de redução das taxas de juros em junho, o bitcoin e outras criptomoedas poderão sofrer novas quedas.

Do ponto de vista técnico, a tendência ascendente do bitcoin mostra sinais de enfraquecimento, com o suporte mais próximo situado em US$60.000.

Para uma retomada do movimento de alta, seria necessário que o bitcoin ultrapassasse a marca de US$65.000. No entanto, a consolidação parece ser o cenário mais provável no período que antecede a reunião do Fed, que será decisiva para determinar se a recente desvalorização representa uma oportunidade de compra ou se há razões para preocupação com uma possível queda do bitcoin abaixo do limiar crítico de US$60.000.

BlackRock (NYSE:BLK) avança no mercado cripto com fundo de private equity tokenizado

Ainda no mercado cripto, a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo que teve grande influência na aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin nos Estados Unidos, está agora avançando para uma nova fase de integração com o universo de criptoativos.

Conforme informações do portal The Block, a BlackRock está em vias de estabelecer um fundo de private equity tokenizado, em parceria com a Securitize, uma proeminente empresa de serviços financeiros.

Informações divulgadas na última semana indicam que a BlackRock notificou a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) sobre o lançamento deste novo fundo tokenizado, voltado para investidores qualificados. A documentação revela que o investimento mínimo para participação no fundo é de 100 mil dólares, com comissões de vendas estimadas em 525 mil dólares e a ausência de comissões de localização.

Detalhes sobre a emissão dos fundos tokenizados ainda não foram divulgados. No entanto, a Securitize Markets, uma plataforma de ativos digitais sediada em Miami, foi nomeada como responsável pelas vendas. Além disso, registros do Etherscan datados de 5 de março mostram que a BlackRock desenvolveu um token denominado BlackRock USD Institutional Digital Liquidity Fund (BUIDL), com uma emissão de 100 tokens e atualmente com um único detentor.

Desde seu lançamento em janeiro, o iShares bitcoin ETF (IBIT) da BlackRock acumulou 15,5 bilhões de dólares em ativos, posicionando-se como o segundo maior ETF de bitcoin à vista, logo após o GBTC. Com ativos sob gestão totalizando 9 trilhões de dólares, a BlackRock reafirma seu status como uma das maiores gestoras de ativos do planeta.

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