CriptoFácil - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga esquemas de pirâmides financeiras com criptomoedas ganha novos capítulos com o passar dos dias.
O ex-astro do futebol, Ronaldinho Gaúcho, pode ter que ir depor na CPI depor de forma coercitiva. Isso porque o “bruxo”, como é conhecido no futebol, não compareceu à comissão para prestar informações sobre o seu envolvimento com a 18k Ronaldinho – apontada como esquema de pirâmide financeira.
O irmão do jogador, o empresário Roberto de Assis Moreira, foi à CPI. Na oportunidade, ele negou que ele ou Ronaldinho tivessem qualquer relação com a empresa em questão. De acordo com Assis, Ronaldinho Gaúcho licenciou sua imagem apenas para a empresa de relógios 18k Watches. Ou seja, segundo Gaúcho, o irmão não teria permitido o uso de sua imagem para qualquer empresa de criptomoedas ou marketing multinível.
A 18k Ronaldinho era uma empresa que prometia até 400% de lucro por mês por meio do investimento em criptomoedas. Em 2018, Ronaldinho chegou a ser alvo de processos por pessoas que investiram na 18k porque a empresa era “representada” pelo ex-jogador. No entanto, já naquela época Ronaldinho alegava que sua imagem havia sido usada de forma indevida.
Convocação de Jair Renan na CPI
Enquanto isso, a CPI pode aprovar também a convocação de Jair Renan, o filho “04” de Jair Bolsonaro. O deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) afirmou durante sessão realizada nesta quinta-feira (24) que vai pedir a convocação para que Jair Renan esclareça seu envolvimento com um projeto de metaverso cripto chamado Myla Metaverse.
O filho do ex-presidente Bolsonaro foi um dos promotores do projeto Myla, um metaverso com representações digitais em tokens não fungíveis (NFTs). No entanto, ele abandonou o projeto depois que a criptomoeda desabou cerca de 90%, poucos dias após o lançamento. Jair Renan também deletou de suas redes os vídeos nos quais promovia o token MYLA.
Há suspeitas de que o movimento possa ter sido o chamado “pump and dump”. Trata-se de uma tática fraudulenta que ocorre quando alguém promove um investimento para inflá-lo e depois sai do projeto, deixando os investidores com o prejuízo.
“Os elementos que estão indicados nessa operação do filho do ex-presidente da República são elementos muito graves e que incidem diretamente sobre o objeto da CPI. Tem uma relação direta”, disse Braga.