Bitcoin perde força com cautela global após sinais mistos do Fed
Investing.com – Os preços do petróleo registravam baixa na manhã desta quinta-feira, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que Israel e Hamas chegaram à primeira fase de um acordo de cessar-fogo em Gaza. O movimento coincidiu com o segundo aumento semanal consecutivo nos estoques de petróleo dos EUA, fator que adicionou pressão aos preços.
Às 7h40 de Brasília, os contratos futuros do petróleo Brent para dezembro caíam 0,6%, negociados a US$ 65,86 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) recuava 0,7%, para US$ 62,10.
No início da semana, o corte modesto de produção anunciado pela Opep+ havia sustentado as cotações, mas a recomposição dos estoques americanos e a redução do risco geopolítico neutralizaram esse suporte.
Acordo entre Israel e Hamas reduz prêmio de risco no mercado
O presidente Donald Trump declarou que Israel e Hamas concordaram com a primeira etapa de um plano de paz para Gaza mediado por Washington. O acordo inclui uma trégua temporária, a libertação de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que submeterá o acordo ao gabinete ainda nesta quinta-feira para aprovação formal, com o objetivo de viabilizar o retorno de todos os reféns.
Em setembro, Trump havia apresentado um plano de 20 pontos para encerrar o conflito que já dura dois anos. As notícias de avanço diplomático diminuíram o risco de escalada na região e reduziram o chamado “prêmio de guerra” incorporado aos preços do petróleo, contribuindo para o movimento de queda.
Estoques de petróleo nos EUA voltam a subir; combustíveis recuam
Dados da Administração de Informação de Energia (EIA) divulgados na quarta-feira mostraram que os estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos aumentaram 3,7 milhões de barris na semana encerrada em 3 de outubro, superando a expectativa de alta de 2,25 milhões.
Por outro lado, os estoques de gasolina e destilados diminuíram mais que o previsto, e a demanda implícita subiu para 21,99 milhões de barris por dia, o maior nível desde dezembro de 2022.
O avanço do petróleo bruto reforça o risco de sobreoferta no mercado americano, enquanto a queda nos estoques de combustíveis indica consumo ainda sólido, fator que atenuou as perdas da sessão.
A EIA também revisou nesta semana sua projeção de produção para 2025, estimando um recorde de 13,53 milhões de barris por dia, acima dos 13,44 milhões previstos anteriormente. O órgão alertou que a elevação dos estoques pode continuar a exercer pressão sobre os preços até o fim do ano.